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Cultivo de cogumelos em Estufas

Cultivo de cogumelos em Estufas. A produção de cogumelos em conserva é mais fácil de manter e distribuir nos supermercados, mas a opção in natura é bem lucrativa e mais saudável. A fungicultura é conhecida como a cultura dos cogumelos. Os fungos são microrganismos heterotróficos, não fotossintetizantes, possuem parede celular de quitina e obtêm seus nutrientes por absorção da matéria orgânica. Os cogumelos são espécies de fungos com corpos frutíferos que podem ser aproveitados para alimentação, para fins medicinais, enquanto outras espécies são venenosas. A espécie de cogumelo mais cultivada é o champignon (Agaricus bisporus). Outras espécies estão se destacando no mercado consumidor, principalmente na culinária, como por exemplo, o shitake (Lentinula edodes) e o shimeji (Lyophyllum shimeji). Nem todo cogumelo é comestível, portanto, não o colete da natureza, pois pode ser tóxico. De coloração uniforme branca, firme e superfície brilhante úmida, o champignon de paris (A. bisporus) é um dos principais tipos comestíveis. Comum de ser encontrado no varejo em conserva e em embalagem de plástico ou vidro, está expandindo a produção in natura. Destacam-se também o shitake (L. edodes), que possui chapéu marrom escuro, de 5,0 a 12 centímetros de diâmetro e textura macia, e o shimeji (Pleurotus sp.), que pode ser de coloração negra, branca ou salmão. Consumo Com o investimento em cultivo do cogumelo crescendo ao longo dos anos, o produto passou a ser mais divulgado e acessível à população. Entretanto, o consumo nacional não se compara ao dos países europeus. A produção de cogumelo em conserva é mais fácil de manter e distribuir nos supermercados, mas a opção in natura é bem lucrativa, mais saudável e ecológica. Sem custos com cozimento e conservantes, os cogumelos frescos concorrem com os importados cozidos da China. Mas os cogumelos in natura são mais perecíveis, com prazo de validade de uma semana, em média. Em estufas Para o cultivo dos cogumelos comestíveis em ambientes protegidos, a estufa pode ser construída no local de cultivo. As opções pré-fabricadas podem agilizar o processo de implementação do negócio e vem nas medidas certas, com as especificações para o cultivo de cogumelos. Assim, a escolha do tipo de estufa depende do capital que o investidor terá à disposição. Os cogumelos são cultivados no escuro, em salas climatizadas, e o inóculo fúngico é adicionado a um substrato pasteurizado em camas de crescimento. Desta forma, uma fazenda de cogumelos deve ter um escoamento fácil para o mercado e acesso de fornecedores de compostagem. As instalações dentro da estufa devem possuir salas climatizadas com controle de temperatura e umidade, sendo organizadas em prateleiras com distâncias padronizadas. Vantagens do cultivo protegido A produção de cogumelos de forma mais tecnificada tem várias vantagens, como a utilização de estufas climatizadas com controle de temperatura, umidade e concentração de gases, garantindo uma maior produtividade e melhor qualidade. Em estruturas rústicas, ou seja, com infraestrutura inferior, a produtividade é menor devido às condições ambientais variáveis, contaminação do meio de cultivo por organismos competidores e ataque de pragas e doenças. Além disso, salas com ambiente controlado (umidade e temperatura) são necessárias para a produção eficiente de cogumelos de alta qualidade. Desta forma, fatores como temperatura, umidade e iluminação são fundamentais. O cogumelo precisa, principalmente, de temperaturas amenas e muita umidade para se desenvolver. Por isso, em geral a produção é feita em estufas, o que garante a produção o ano inteiro. Como implantar a técnica Na fungicultura, a atividade de cultivadores é a mais indicada para iniciantes. É necessário escolher o local de instalação com pouco declive, disponibilidade abundante de água no local, mão de obra especializada e proximidade do mercado para o escoamento adequado do produto. E, por ser um fungo que se alimenta de matéria orgânica em decomposição, é preciso ter um substrato para o cultivo do cogumelo. O substrato, que é a matéria-prima para a atividade, é esterilizado e o fungo é adicionado a ele. A esterilização impede que o cogumelo tenha competidores e não se desenvolva. Esse substrato pode ser feito com diversos materiais, como palha, esterco, serragem, bagaço de cana, borra de café, entre outros. Cada tipo de cogumelo possui suas características e necessidades específicas. Mas, no geral, gostam de clima ameno e alta umidade. O ideal é que a temperatura se mantenha entre 12 e 25ºC. Desta forma, o champignon de paris é produzido em palhada compostada e coberta com uma camada de terra. É necessário refrigeração, temperaturas entre 15 a 18ºC e ambiente sem luz. Já o cogumelo shitake pode ser cultivado em blocos de serragem, que demanda tecnologia especializada, ou em toras com pequenos furos, nos quais o fungo é inoculado e recebe, após seis meses de incubação, um estímulo de choque hídrico. Já o shimeji, que brota em pequenos buquês, é produzido em palhada pasteurizada e esterilizada. Então, a fungicultura necessita de higiene e atenção do produtor. Os cogumelos podem ser contaminados se forem submetidos a um manejo inadequado. Manejo do plantio à colheita O ciclo de cultivo de cogumelo está entre 45 e 180 dias. A produção de cogumelos apresenta várias etapas, que incluem o preparo do substrato, produção de inóculos, inoculação, incubação e colheita. Os substratos são originados de material vegetal, incluindo as toras de madeira e resíduos agrícolas. O substrato precisa ser preparado e esterilizado na sala de preparo do substrato. Um caminhão transporta os resíduos agrícolas secos até essa sala e esses resíduos são empilhados em um local com baixa umidade. O substrato esterilizado e úmido será então embalado em sacos plásticos próprios para a produção de cogumelos. Após o preparo do substrato, os sacos plásticos são transportados para a sala de inoculação. Cada saco será inoculado com o fungo selecionado. Essa sala deve permanecer sempre limpa e desinfetada com luz ultravioleta ou agentes químicos, a exemplo de água sanitária, antes da inoculação. Os inóculos, denominados sementes ou spawn, serão obtidos diretamente de empresas produtoras visando à redução do custo e da probabilidade de contaminação inicial da produção. Esses spawns serão armazenados na sala de inoculação. Da sala

luz no cultivo protegido
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5 maiores importâncias da luz no cultivo protegido

Importância da luz no cultivo protegido O cultivo protegido é definido como a produção de plantas feita em ambientes onde há o controle, total ou parcial, de pelo menos um fator climático. Assim, a manipulação da luminosidade é considerada uma técnica de cultivo protegido. Para melhor exemplificar como podemos alterar a luz em benefício das plantas, iremos fracioná-la em três fatores: intensidade de luz (quantidade); qualidade da luz (comprimentos de onda) e duração do período de luz (fotoperíodo). O conceito A luz solar é como uma chuva de fótons de diferentes frequências e comprimentos de onda. Do total de energia solar que incide sobre as plantas, apenas uma pequena fração (cerca de 5%) é convertida em carboidratos. O motivo dessa porcentagem tão baixa é que grande parte da luz tem um comprimento de onda demasiadamente curto ou longo para ser absorvido pelos pigmentos fotossintéticos. O espectro de luz que as plantas utilizam na fotossíntese é denominado de radiação fotossinteticamente ativa e compreende os comprimentos de onda entre 400 a 700 nanômetros. A intensidade de luz está relacionada à quantidade de luz ou fótons que incide sobre o ambiente de cultivo. Considerando a faixa de luz utilizada no processo fotossintético, a quantidade de luz (ou densidade de fluxo fotônico fotossintético) que incide sobre o dossel de um cultivo em um dia ensolarado é de cerca de 2.000 μmol m-2 s-1. Contudo, as plantas não aproveitam toda essa quantidade. O ponto a partir do qual as plantas param de responder ao aumento da quantidade de luz é chamado de ponto de saturação luminosa (PSL) e varia de espécie para espécie e até mesmo em função das condições de crescimento de cada folha numa mesma planta. O tomateiro, por exemplo, é uma espécie exigente em luz e seu ponto de saturação luminoso é superior ao da alface. De maneira geral, as folhas dos vegetais saturam de luz entre 500 a 1.000 μmol m-2 s-1. Folhas de culturas bem adubadas podem apresentar ponto de saturação luminosa acima de 1.000 μmol m-2 s-1. Cabe ressaltar aqui que a incidência de luz sobre as folhas de uma planta pode variar em função da sua posição. Assim, as folhas do topo do dossel de um tomateiro podem atingir o ponto de saturação luminosa, enquanto que as folhas baixeiras não. A luz e sua qualidade A qualidade da luz está relacionada com a proporção de comprimentos de onda que compõe a luz que incide sobre as plantas. A luz natural possui uma proporção específica de comprimentos de ondas que pode ser alterada naturalmente, pela copa de uma árvore, por exemplo, ou artificialmente, por meio de filmes plásticos, telas de sombreamento coloridas e iluminação artificial. A qualidade da luz exerce grande influência sobre o crescimento e desenvolvimento das plantas, podendo ser preponderante para que certos processos ocorram, como, por exemplo, a germinação de sementes, o florescimento, o estiolamento das plantas, a abertura estomática, a síntese de pigmentos e a promoção de crescimento. Os comprimentos de onda mais eficientes à fotossíntese, ou seja, os que mais estimulam o crescimento vegetal, são próximos de 430 nm (faixa do azul) e de 660 nm (faixa do vermelho), que são as faixas do espectro da luz que as clorofilas mais absorvem. Já a duração do período luminoso (ou fotoperíodo) é o tempo de exposição contínua à luz. Essa duração naturalmente está relacionada ao local de cultivo. Regiões próximas à linha do equador (latitude 0) possuem fotoperíodo próximo de 12 horas, tanto no inverno quanto no verão. Quanto mais afastado da linha do equador é o local de cultivo, maiores são os comprimentos dos dias no verão e menores no inverno, e isso pode ter várias implicações no cultivo de plantas. A duração do período de exposição à luz está diretamente relacionada ao potencial fotossintético das plantas. Quanto maior o tempo de luz, maior será a produção de fotoassimilados. Além disso, o comprimento do dia pode induzir processos específicos em algumas plantas. Para a cebola, por exemplo, a exposição a determinado número de horas de luz (ou quantidade superior) é fundamental para estimular a bulbificação. Plantas submetidas a fotoperíodos menores que o necessário (inferior ao fotoperíodo crítico) não irão bulbificar de forma adequada. Naturalmente, conseguimos manejar o fotoperíodo pela seleção do local e da época de cultivo. Artificialmente, podemos reduzir o comprimento do dia por meio de cortinas (blecautes) e aumentar com o uso de iluminação artificial. Funções das cores das telas Em cultivos protegidos, a forma mais fácil e usual de manipular a luz é com as telas agrícolas (também conhecidas como telas de sombreamento). Atualmente, há no mercado telas agrícolas com diferentes características e aplicações. As telas têm duas principais funções (mas não únicas): reduzir a intensidade de luz que atinge as plantas e reduzir a temperatura do ambiente. Além dessas funções, algumas telas são usadas para aumentar a difusão de luz no interior do dossel, como as telas brancas e aluminizadas; ou para alterar a qualidade da luz. Nesse caso, elas são chamadas de telas fotosseletivas. Cabe aqui ressaltar que estamos considerando como telas todos os materiais fabricados com o objetivo de reduzir a intensidade luminosa do ambiente de cultivo, incluindo as telas propriamente ditas e as malhas agrícolas. A intensidade da luz pode ser reduzida em diferentes níveis. Essa redução está vinculada ao grau de sombreamento que o material possui. Há telas desde 15 até 80% de sombreamento. Para selecionar a tela correta, o produtor deve se atentar à espécie ou espécies que estão sendo cultivadas. Há aquelas que são mais tolerantes ao sombreamento, como a rúcula, e outras que são mais exigentes em luz, como tomate e pimentão, por exemplo. A seleção da tela errada pode prejudicar significativamente a produção comercial da espécie cultivada. O sombreamento excessivo do tomateiro, por exemplo, além de reduzir o potencial fotossintético das plantas irá estimular o alongamento do internódio. Isso irá reduzir o número de cachos formados até o arame superior e, consequentemente, reduzirá a produtividade. Já o excesso de luz para rúcula

Manejo integrado
Hortaliças, Zanatta

Manejo integrado controle eficiente de pragas e doenças em hidroponia.

Manejo integrado controle eficiente de pragas e doenças em hidropônia. A população brasileira atualmente busca incessantemente uma alimentação saudável, a partir de produtos isentos de resíduos de defensivos. Esta é uma realidade que exige do produtor hidropônico a busca de informações que gerem conhecimento aplicado em sua produção em função da adoção de defensivos biológicos, que pode ser parcial ou total no cultivo de hortaliças em hidropônia. Assim, este artigo pretende elucidar alguns pontos quanto à adoção deste tipo de manejo, conhecido como MIP e MID, ou seja, manejo integrado de pragas e doenças.   O começo O primeiro ponto relevante é a necessidade, por parte do produtor hidropônico, do conhecimento da ocorrência temporal dos ciclos de pragas e de doenças ao qual seu ambiente (cultivo protegido) está sujeito. Tais informações são mapeadas ao longo de pelo menos três anos de cultivo, fator este que gera experiência ao produtor. Quando falamos do conhecimento das pragas ou das doenças, não podemos também nos esquecer de que a sua ocorrência está intimamente ligada ao microclima da estufa. Assim, a associação de temperaturas amenas e umidade baixa favorece a incidência de oídio. Por outro lado, altas umidades associadas a temperaturas elevadas são condições adequadas para o surgimento de Pectobacterium (ou erwinia). Uma solução com temperaturas acima de 30oC, com biofilme presente (algas) e plantas suscetíveis são condições que predispõem ao ataque de Phytium.   Soluções biológicas Uma das apostas nos dias atuais é o uso do controle biológico em hidropônia. Define-se como controle biológico a busca da manutenção do equilíbrio entre populações que causem danos ao cultivo de plantas comerciais e de populações que as controlam, conhecidas agronomicamente como inimigos naturais. Assim, ao adotarmos o controle biológico em hidroponia como premissa fundamental para a redução de pragas e doenças, devemos ter “em mente” que as pragas e doenças presentes no cultivo hidropônico não serão dizimadas e, sim, que haverá uma manutenção destas populações causadoras de prejuízos econômicos em um nível que não compro- meterá a sustentabilidade do negócio; este conhecido como nível de dano econômico. Este nível é aceitável para o produtor quando ele estiver acima do ponto de equilíbrio para o cultivo comercial de uma cultura, que é, basicamente, quando as receitas pagam as despesas. Questões básicas são levantadas por produtores interessados na adoção deste método de controle de pragas e doenças, tais como: existem produtos biológicos aplicáveis à hidropônia? Sua eficiência é comprovada? Qual é o custo? Qual o período de carência? Qual a dose aplicada? Como deve ser tomada a decisão para a aplicação? Para respondermos tais questionamentos, primeiramente o conhecimento do triângulo epidemiológico é importante, uma vez que toda a eficiência do controle está em função das inter-relações entre os três pontos deste triângulo.   Ponta a ponta Em cada vértice têm-se: o ambiente (microambiente, no caso da hidroponia), a doença ou praga e o hospedeiro, ou produto hidropônico. Assim, temos algumas situações que favorecerão o desequilíbrio nestas inter-relações, como por exemplo, uma planta com as raízes mortas por falta de oxigenação (hospedeiro – hipoxia radicular), que está em função de uma temperatura acima de 31oC da solução nutritiva, associa- da à baixa declividade da bancada e altas temperaturas na estufa (ambiente) e a presença de Pythium na solução (doença), que a partir de todo o contexto (ambiente x hospedeiro) causará danos severos ao sistema de cultivo. Assim, se um vértice não for fator contribuinte para a expressão da doença, a possibilidade de infecção ou infestação torna-se baixa ou nula. Portanto, é de extrema importância ressaltar que, há pelo menos 10 anos, algumas empresas vêm desenvolvendo soluções importantes para que o produtor aplique o controle biológico no campo, com uma eficiência alta ao fazer uso em cultivo protegido.   Fique atento A partir da possibilidade desta anulação da doença ou praga, pode-se mensurar a eficiência do controle biológico, que será mais eficiente quanto melhor for o monitoramento destas inter-relações. Assim, não é plausível, por exemplo, considerar que o Trichoderma e o Bacillus subtilis irão atuar de forma eficiente se a solução nutritiva estiver acima de 31oC e repleta de algas e restos de raízes da(s) colheita(s) anterior(es). Fazendo a retórica quanto aos questionamentos supracitados, sim: existem nos mercados excelentes produtos biológicos a serem adotados no manejo fitossanitário para o cultivo hidropônico, com uma eficiência que, via de regra, é mais alta que em sistemas orgânicos, pois temos um ambiente propício ao estabelecimento dos inimigos naturais, que é o cultivo em ambiente de cultivo protegido. Um exemplo é a adoção do controle biológico do ácaro rajado (Tetranychus urticae) para a cultura do morango hidropônico a partir do uso de ácaros predadores (Neoseiulus californicus e Phytoseiulus macropilis), ambos já comercializados no Brasil. Esta adoção apresenta alta eficiência de controle.   Viabilidade Ressalta-se que o controle biológico pode apresentar valores mais elevados que o manejo químico, porém, a tendência é uma baixa dos mesmos a partir de um volume a ser comercializado. Deve-se levar em consideração que tais medidas de controle devem ser avaliadas como investimento e agregação de valor pelo produtor. Uma vez que existe a nulidade de resíduos químicos, a carência é baixa, assim como a dose aplicada, contudo, a decisão quanto à aplicação estará sempre em função do monitoramento adotado. Por outro lado, existe uma discussão extensa e importante a ser adotada ao tratarmos do controle biológico em sistema de cultivo hidropônico, uma vez que fica mais evidente que a exigência do mercado consumidor por alimentos com alto padrão de qualidade e segurança alimentar eleva-se a cada ano. Porém, este mesmo mercado (do qual fazemos parte) não está acostumado com a presença do ácaro predador atacando o ácaro rajado. Assim, a nossa tendência é a não aquisição do produto, comprometendo todo o trabalho do produtor. O amplo conhecimento das relações de predação e da quase impossibilidade de não se ter insetos presentes nas hortaliças hidropônicas com a adoção do controle biológico, são pontos a serem discutidos entre os três principais integrantes da cadeia produtiva de hortaliças hidropônicas, que

filme ideal para o cultivo protegido
Cultivos, Estufas, Sem categoria, Tomate, Zanatta

Qual filme ideal para o cultivo protegido de tomate?

Qual filme ideal para o cultivo protegido de tomate? O tomate (Solanum lycopersicum L.) é uma olerícultura originária da América do Sul e bastante apreciada em todo o mundo, sendo utilizada em saladas e em diferentes receitas culinárias. Em relação ao seu cultivo, apresenta uma boa adaptação às diferentes condições climáticas, entretanto, a temperatura em que há uma melhor resposta produtiva por parte da cultura é na faixa de 21 a 28ºC durante o dia e 15 a 20ºC durante a noite, variação que ocorre dependendo da cultivar. Fora dessa faixa de temperatura, o tomate apresenta alguns problemas, como por exemplo, atraso no desenvolvimento vegetativo e frutificação, abortamento dos frutos e das flores, formação de frutos ocos, danos nos tecidos e problemas na coloração dos frutos. Além da temperatura, há outros fatores que influenciam na produção, como umidade relativa do ar e pluviosidade.   Filmes disponíveis Com o objetivo de produzir tomate em regiões com características agroclimáticas desfavoráveis ao cultivo, o produtor pode realizar a produção em estufas agrícolas, que é uma forma de cultivo bastante difundida em todo o mundo. E uma das características que torna o ambiente protegido eficiente é a escolha do filme plástico que será utilizado para a cobertura. O tipo de filme plástico a ser escolhido é fator fundamental para o controle da radiação dentro do ambiente, e deve ser escolhido de acordo com a exigência da cultura e as características do clima da região onde será realizado o cultivo. No mercado há vários tipos diferentes de filmes agrícolas, mas para o cultivo do tomate os mais recomendados são os compostos de polietileno de baixa densidade transparente (PEBDt) e filme agrícola difusor. No Brasil, o mais utilizado pelos produtores é o filme composto de polietileno de baixa densidade transparente (PEBDt), com aditivos ultravioletas. A transmissividade da radiação solar nesse filme é de 80%. Além disso, os aditivos permitem que o material resista à ação dos raios ultravioletas, adquirindo maior durabilidade (Holcman, 2009). O filme agrícola difusor também é bastante utilizado no País, composto por materiais que possuem adição de cristais que são distribuídos em todo o filme. Esse filme balanceia a intensidade da luz dentro do ambiente, espalhando-a por toda a área e distribuindo de maneira uniforme os raios solares. É possível encontrar de 100 a 150 micra de espessura, e além do tomate também é indicado para produção de mudas de pimentão, frutas e hidroponia.   Benefícios O filme agrícola não protege somente contra as chuvas, mas também interfere no clima dentro do ambiente protegido, proporcionando assim um incremento na produtividade e qualidade do produto final, e mantém a produção estável durante o ano inteiro. Além do produtor, também há vantagem para o consumidor, que terá disponibilidade do produto em qualquer período, independente do clima. O uso desse material também reduz a incidência de pragas e doenças, o uso de defensivos agrícolas, e possibilita a prática do cultivo orgânico. Os filmes são compostos de aditivos que interagem com a radiação solar, bloqueiam a radiação ultravioleta e também garantem a qualidade e durabilidade do produto. O filme agrícola ainda pode ser usado na lateral da estrutura do ambiente protegido, e essa prática pode evitar o estiolamento das plantas e minimizar as doenças causadas por fungos, pois reduz a umidade nos tecidos da planta devido à maior uniformidade de luz dentro do ambiente. Essa forma de utilização é recomendada para regiões de clima quente.   Produtividade O tomateiro é uma planta que apresenta boa adaptação a diferentes tipos de ambiente, e com o manejo adequado e a cultivar específica para a região, a produtividade pode chegar a 11 kg por planta no cultivo em campo. Entretanto, no cultivo em estufas agrícolas a produtividade pode aumentar em 50%, isso porque nesse ambiente há maior distribuição da luminosidade, favorecendo a fotossíntese, e mais eficiência da irrigação e adubação, além de evitar doenças e algumas pragas. Em trabalho realizado por Holcman (2009), comparando diferentes tipos de coberturas para ambiente protegido nos seus microclimas e o efeito deles no desenvolvimento, produtividade e qualidade de duas cultivares de tomate cereja, contatou-se que os filmes plásticos difusores e de baixa densidade com anti-UV proporcionaram ganho de produtividade em relação ao cultivo em campo aberto. Entretanto, o uso do filme plástico difusor proporcionou melhores resultados de produção, apresentando incremento de 50% no número de frutos e produtividade em relação ao uso de filmes de baixa densidade com anti-UV.   O caminho do sucesso Para ter sucesso na produção utilizando ambiente protegido coberto por filmes agrícolas é necessário ter atenção a alguns fatores de instalação ou de uso que possam influenciar de maneira negativa na produção. A escolha do tipo de filme deve ser realizada com cautela, pois aqueles voltados para regiões diferentes do local de produção tornam o microclima desfavorável e reduzem a produtividade. O horário de instalação do filme é outro aspecto importante, pois, dependendo da temperatura, o filme pode dilatar (temperaturas altas) ou contrair (temperaturas baixas). Caso a instalação seja realizada em horários com níveis críticos de temperatura, pode ocasionar o rasgamento ou pode não ficar bem esticado na estrutura. Em relação ao manejo da cultura, um erro frequente no cultivo em estufas é o adensamento das plantas, o que acaba tornando a planta vulnerável a vários tipos de doenças, pois a incidência de raios solares não atinge toda a planta, e com isso aumenta a umidade em determinados pontos, favorecendo o desenvolvimento de doenças, principalmente fúngicas.   Cuidados essenciais Na escolha do filme é preciso considerar tanto as exigências da cultura quanto as características climáticas da região. Existem filmes voltados para vários tipos de regiões, como por exemplo, climas tropicais, temperados, entre outros. A vida útil do material também deve ser observada, pois ao longo do tempo de uso o material perde a transmissividade, e deve ser trocado. O tempo de troca varia de acordo com o tipo de filme agrícola (Lonax, 2017). Para maior garantia de sucesso e aumento da produção de tomate no ambiente protegido utilizando filme

Produção suspensa de morango em estufa.
Morango, Estufas, Zanatta

Produção suspensa de morango em estufa.

Produção suspensa de morango em estufa. Os sistemas suspensos foram uma das maiores inovações do setor. Tiveram como maiores vantagens em relação ao sistema no solo a melhor otimização dos trabalhos manuais, maior adensamento de plantas, redução ou eliminação das doenças de solo e o maior controle da adubação.   Benefícios Os ganhos de produtividade dos colaboradores foram significativos – enquanto no solo um colaborador consegue cuidar de 6.000 plantas, em sistemas suspensos em prateleiras esta quantidade de mudas subiu para 9.000 plantas, um aumento significativo de produtividade de 30%. A melhor utilização de área foi expressiva. Com a mesma variedade, no solo a quantidade de mudas é em torno de cinco plantas por metro quadrado de área cultivada, enquanto no sistema suspenso em prateleira esta quantidade é variável em relação ao sistema utilizado. O mais comum é utilizar 7,5 plantas por metro quadrado de área cultivada, incluindo o espaço entre estufas, mas podendo chegar a 12,5 mudas, sem adotar um adensamento excessivo. Desafios Um dos maiores problemas fitossanitários no cultivo aberto são as doenças de solo. No caso de manter a produção com as mesmas plantas por dois anos de cultivo, no segundo ano no solo o índice de mortalidade de mudas pode chegar a mais de 50%, sendo este o principal fator que leva ao término do cultivo da área. No sistema suspenso em prateleira esta mortalidade é mínima e geralmente o fim do cultivo é determinado pelo envelhecimento das mudas.   Adaptação A principal necessidade de adaptações do produtor do sistema convencional no solo em relação aos sistemas suspensos diz respeito às fertirrigações e soluções nutritivas. Em sistemas de produção no solo, cada planta tem à disposição um grande volume de solo por planta. Em sistemas suspensos a quantidade varia de dois a 10 litros por planta. Quanto menor a quantidade de substrato, menor será o intervalo de fertirrigação e o período de irrigação. Por outro lado, quanto maior o tamanho da planta, menor será o intervalo de fertirrigação e maior o período de irrigação. No sistema em substrato aumenta a probabilidade de ocorrerem períodos com baixa umidade por variações climáticas, necessitando diminuir rapidamente o intervalo entre fertirrigações. Também ocorrem variações drásticas de consumo de água por planta, podendo ocasionar o acúmulo de nutrientes no substrato.   Dicas É fundamental o acompanhamento de forma intensiva do manejo da condutividade elétrica (indica a concentração de adubos na solução nutritiva), tanto na entrada como na drenagem. Ao superar, na drenagem, 1,5, é preciso aumentar o período de fertirrigação para elevar a porcentagem de drenagem, diminuindo a condutividade elétrica e reequilibrando o sistema. Quando ocorrem períodos de chuva e nublados, recomenda-se aumentar o período entre irrigações e diminuir o período de irrigações. Em sistemas de fertirrigação em substrato, toda a irrigação deve ser feita com a solução nutritiva, que deve ser equilibrada e pode variar conforme o clima, estado fenológico (crescimento, floração e maturação) e variedade.   Viabilidade Os sistemas suspensos em prateleiras possuem um custo de implantação maior, mas de manejo menor. Portanto, há necessidade de aprender técnicas do manejo do sistema em substrato com fertirrigação por gotejamento, algo desconhecido pelos produtores convencionais. Esta aprendizagem foi um fator que levou muitos produtores, na fase inicial, a obterem resultados inferiores ao seu potencial. Com o aumento do conhecimento, os sistemas suspensos passam a ser os modelos de produção preferenciais. Lembrando que esta aprendizagem deve ser constante, pois as tecnologias neste sistema estão em aperfeiçoamento contínuo, e ainda são insuficientes para atingir todo o potencial máximo do cultivo.   Fonte: Revista Campo e Negócio Confira outras materias referente a morango em nosso blog. Maior rentabilidade em cultivo de morango em ambiente protegido. 10 benefícios na produção de morango em estufas agrícolas

produção em estufa agrícola
Estufas, Camarão, cannabis, Hortaliças, Morango, Tomate, Zanatta

Produção em estufa agrícola, conhecendo essa vantajosa estrutura

Produção em estufa agrícola, conhecendo essa vantajosa estrutura Estufas agrícolas são estruturas capazes criar um ambiente mais protegido para o cultivo de diversas plantas. Sua cobertura é feita com plástico filme transparente que deve ser resistente e possuir flexibilidade, sendo empregado na maioria das vezes o polietileno de alta densidade (PEBD). A estrutura de sustentação das estufas agrícolas pode ser de diversos materiais, como madeira, ferro, concreto entre outros. Contudo, há de se atentar para a segurança e durabilidade destes materiais. Um processo que garante uma vida útil longa, podendo variar de 10 a 60 anos, de acordo com o ambiente no qual se encontra, é a galvanização a fogo do aço. Por isso este é sempre uma boa escolha para a estrutura. Inicialmente as estufas agrícolas eram instaladas somente em regiões frias, pois eram utilizadas para proteger as culturas do inverno rigoroso. Porém, sua funcionalidade foi ampliada e hoje as estufas agrícolas oferecem uma série de benefícios ao produtor que vão muito além da temperatura.   Principais Benefícios Quem conhece as vantagens de fazer sua produção em estufa agrícola não pensa em voltar para o sistema tradicional. Elas proporcionarem uma cobertura que protege as culturas de intempéries climáticas como frentes frias, excesso de chuvas, granizo, ventos e incidência direta da luz solar, mantendo a integridade dos produtos cultivados. Proporciona colheitas o ano todo em virtude da manutenção da temperatura interna, resultando em um constante fornecimento do produto ao mercado. Dessa forma o produtor pode manter sua lucratividade ao longo do ano. A cobertura das estufas agrícolas também ajuda a reduzir a entrada de pragas como insetos que são pertinentes nos cultivos abertos e que ocasionam danos nas folhas ou frutos das plantas cultivadas. As estufas agrícolas aceleram o período de cultivo das plantas por proporcionarem um ambiente mais controlado e constante. Assim é possível ter mais ciclos ao longo do ano e o produtor consegue maior rentabilidade. Há um melhor uso dos recursos, como água, nutrientes e fertilizantes. Modelos de estufas agrícolas Estufas agrícolas são todas iguais? Nem sempre! A evolução no conhecimento permitiu a Zanatta elaborar estufas adequadas para cada situação, tendo atualmente diferentes modelos. ZannaLeve – ZannaLeve é uma estufa agrícola em arco oblongo, para cultivo protegido de hortaliças, morango, tomate e pimentão, flores, plantas, mudas e pesquisas. ZannaTrel – Estrutura padrão com arco treliçado, possibilitando vãos de até 10 metros sem colunas. MaxiVent – possui ampla abertura superior e excelente circulação de ar, e está disponível em duas versões: MaxiVent Padrão Estrutura padrão com abertura inclinada de até 1,50m, ideal para diversas culturas. MaxiVent com cortinas Estrutura com cortina nas aberturas de até 1,80m, para controle de clima mais preciso. ZannaShadow – Estrutura de telado padrão com cobertura plana e tubos no perímetro da cobertura. ZannaVenlo – Possui cobertura em duas águas, podendo ter treliça horizontal que possibilita grandes vãos livres. ZannaAcqua – As estruturas simples servem para tanques circulares de dimensão menores para cobertura de berçários e raceways. No caso das estruturas Zanatta, atingem até 13m de diâmetro sem apoio central e podem ser instaladas diretamente sobre o tanque já existente ou com estruturas externa para apoio. Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco para mais detalhes e definir qual a estufa ideal para o seu cultivo. Além de estufas também trabalhamos com soluções em coberturas, para otimizar ainda mais a sua produção.   Em qual tipo de cultura eu posso utilizar as estufas agrícolas? Atualmente as estufas agrícolas têm contribuído para o cultivo de diversas culturas. Como por exemplo: Hortaliças – Cultivo de hortaliças em estufas agrícolas Tomate – Principais vantagens do cultivo protegido do tomate Morango – 10 benefícios na produção de morango em estufas agrícolas Mudas de Cana – Uso de estufas na produção de mudas de cana-de-açúcar Mudas de Citrus – Produção de mudas de Citrus em sistema hidropônico Cannabis – Produção de cannabis em estufas agrícolas Camarão – Cultivo de camarão longe do mar RASTREABILIDADE, FERRAMENTA PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR

aquaponia
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Boa práticas de aquaponia

Boa práticas de aquaponia A segurança alimentar tem proporcionado uma demanda por alimentos de qualidade e com determinada procedência. Alinhado a essas exigências, o sistema de aquaponia consegue, de forma integrada e sustentável, produzir alimentos que atendam estas características. A técnica de aquaponia consiste em um sistema que integra a piscicultura, carcinicultura e horticultura, em que o principal objetivo é a reciclagem de água, que chega a 90%, evitando a geração de efluentes e, consequentemente, minimizando impactos negativos ao meio ambiente. A prática tem crescido devido à sua forma simples de manejo, corroborando com a procura por alimentos saudáveis.   Implantação e funcionamento Para seu funcionamento são necessários os seguintes componentes: tanque reservado com peixes, que são alimentados com ração específica, espaço para a hidroponia, que comumente utiliza-se de argila expandida, brita, pedaços de tijolos, como cama de cultivo, e um outro espaço para a filtragem e manutenção da qualidade da água. Nesse sistema os peixes, após alimentados, liberam dejetos ricos em nutrientes, que são transferidos para o espaço onde ficam as hortaliças, que por sua vez têm contato direto por meio de suas raízes com a água rica em nutrientes. Nesse processo as plantas filtram a água, absorvendo os nutrientes necessários, e retornando para o sistema onde encontram-se os peixes. Com este uso de nutrientes o processo evita a eutrofização dos corpos d’água. Mas, para seu funcionamento, alguns critérios devem ser levados em consideração, como a alimentação adequada e nas proporções corretas para a população de peixes – caso contrário, poderá favorecer o surgimento de microrganismos patógenos. Realizar a higienização do ambiente – ao retirar os peixes os ambientes devem ser limpos com uma solução de hipoclorito de sódio, e depois com água potável. Fitossanidade De acordo com o manual de boas práticas da Symbiotec e Embrapa, lançado em 2017, no caso de pragas, recomenda-se a utilização de inimigos naturais, como predadores, parasitoides ou entomopatógenos. Entretanto, considerando que nos sistemas de aquaponia a utilização de solução nutritiva é limitada a suplementações pontuais, a adição de pesticidas ou fungicidas químicos não poderá ser feita, de modo que os métodos alternativos (biológico, radiação ultravioleta, ultrafiltragem, adição de silicato de potássio, ozônio) devem ser utilizados como principal controle de doenças, assim como outras práticas do manejo integrado de pragas (MIP) (Moura, 2015).   Culturas beneficiadas Entre os vegetais utilizados no sistema de aquaponia, têm apresentado melhor desempenho os de folhas verdes, destacando-se alface, manjericão, repolho chinês, pimentão, melão acapulco, quiabo, tomate, feijão, taioba, agrião, inhame, ervilha, morango, nabo, cenoura, batata-doce, entre outros. Já as espécies de peixes utilizadas podem ser: tilápia, bagre, lambari, paco, ou crustáceos, como o camarão.   Por onde começar? Para a implantação do sistema de aquaponia deve-se realizar um planejamento levando em consideração a localização, equipamentos, espécies de peixes e vegetais que se pretende trabalhar. Para iniciantes, indicam-se orientações técnicas de profissionais. O projeto deve ser instalado em local arejado, limpo e isento de patógenos, podendo haver uma leve inclinação de 3%, uma vez que o sistema funciona por gravidade. Os equipamentos utilizados pode ser reutilizados de outras estruturas, por exemplo, a cama de cultivo pode utilizar bombonas que são descartadas. No entanto, todo equipamento que for utilizado no sistema deve ser higienizado, evitando a propagação de patógenos. Sua aplicação pode ser em cama de cultivo, calhas (semelhante à hidroponia) ou cultivo flutuante, e o planejamento determinará a técnica a ser empregada de acordo com seus objetivos e necessidades.   Produtividade A aplicação da aquaponia inicialmente foi voltada para agricultura familiar e em pequena escala, no entanto, a disseminação da técnica tem se expandido e podemos encontrar a produção desses alimentos em grande escala. Com o caráter sustentável, a procura por seus alimentos tem aumentado.   Direto ao alvo Os erros frequentes são, na maioria das vezes, provenientes do amadorismo. Por ser um processo aparentemente simples, muitos acabam escolhendo local inadequado, utilizando equipamentos e ferramentas contaminadas por algum patógeno, alimentação dos peixes irregular, com ração inespecífica e em quantidade além ou aquém, fatores que podem alterar a qualidade da água. Controle e manutenção do pH do solo, teores altos de amônia, oxigenação da água, acúmulo de dejetos, entupimento de canais são outros erros. Deve-se evitar bombas que tenham um alto consumo de energia, porém, o uso desses equipamentos dependerá do planejamento. O processo de aquaponia busca um equilíbrio entre a produção de peixes e vegetais, portanto, o acompanhamento do desenvolvimento de cada fase do sistema é primordial. Logo, esses erros podem ser evitados com orientações técnicas adequadas, como: determinação de números adequados de peixes e plantas, visando a eficiência do sistema.     Por: Maria Idaline Pessoa Cavalcanti – Engenheira agrônoma, letra e doutoranda em Ciência do Solo – Universidade Federal da Paraíba (UFPB) | José Celson Braga Fernandes – Engenheiro agrônomo, mestre em Ciências Agrárias, doutorando em Biocombustíveis – Universidade Federal de Uberlândia/Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFU/UFVJM) Fonte: Revista Campo e Negócio   Confira também: Hidroponia pode aumentar a produtividade em até 50% Estufas agrícolas, condições favoráveis para cultivos diversos.

cultivo de camarão
Camarão, Cultivos, Estufas, Zanatta

Criação de camarão em estufas, valor agregado garantido.

Criação de camarão em estufas, valor agregado garantido. Uma novidade que vem sendo adotada pelos produtores é o cultivo de camarão em sistema de bioflocos, ou seja, sistema intensivo em estufas agrícolas. O método em cativeiro é responsável pela produção de 90 mil toneladas por ano do produto, enquanto a extrativa fica com 10 mil toneladas. Esse sistema economiza água e reduz o custo de produção em 30%. A técnica O uso de estufas para a criação de camarões é uma realidade relativamente recente. Ela tem início com a chegada do vírus da mancha branca ao Brasil, o que obrigou os produtores de camarão em cativeiro a fazer investimentos e mudar a técnica de cultivo, visando o encurtamento dos ciclos nos cultivos extensivos, por meio do uso de berçários e raceways. Em paralelo, o cultivo em biofloco e o cultivo em ambiente protegido durante o ciclo todo passou a ser desenvolvido. O controle do ambiente poderia dar segurança ao produtor sobre o resultado dos seus esforços, ao mesmo tempo em que permitiria um adensamento da produção, reduzindo a área necessária, economizando água, melhorando o atendimento às exigências ambientais e possibilitaria uma regularidade no fornecimento durante o ano todo. Aos poucos essa realidade foi se consolidando, e hoje ela já pode ser vista na maioria das fazendas produtoras de camarão do Brasil. Aceitação Assim que se identificou a necessidade do uso de estufas para a cobertura de berçários, raceways e viveiros para criação de camarão no Brasil, a Zanatta, tradicional fornecedora de estufas com unidades distribuídas em todo o Brasil, passou a ser demandada de tais produtos. Vale salientar que essa demanda era por projetos um tanto diferentes daqueles já comercializados pela empresa para uso em outro nichos do mercado agrícola, o que obrigou a empresa a se aproximar dos produtores, entender suas necessidades e desenvolver novos projetos, visando atender da melhor maneira possível as necessidades dos produtores, não deixando de observar, no entanto, os cuidados e as necessidades técnicas construtivas para estufas, conhecidas pela empresa ao longo dos seus mais de 30 anos no mercado. Desde então, a Zanatta desenvolveu projetos e vem produzindo e comercializando estufas que lhe colocaram na vanguarda no fornecimento para a carcinicultura brasileira, contando hoje, em seu portfólio, com estruturas circulares e retangulares para cobertura de berçários, raceways e viveiros para produção nos mais diversos tamanhos. Benefícios do sistema Uma grande vantagem para o produtor de camarão que usa estufas em seu cultivo é a segurança. Com o uso dessa técnica o produtor passou a ter mais certeza dos resultados dos seus cultivos. Com ela foi possível produzir camarões maiores com melhor preço, além de o produtor não ficar tão exposto a uma possível necessidade de venda emergencial do produto, quando normalmente fica refém de pressão dos compradores que, sabendo da vulnerabilidade do produtor, pagam menos pelo produto. A criação de camarão em estufas também aumentou a produtividade, porque permitiu o encurtamento dos ciclos nos cultivos extensivos em cativeiro. Isso porque uma parte do ciclo pode ser desenvolvido em berçários e ou raceways (pequenas áreas cobertas com ambiente controlado), reduzindo assim o tempo que os camarões permanecem nos viveiros abertos, até que estejam prontos para comercialização. Isso aumentou o índice de sobrevivência após a chegada do vírus da mancha branca, aumentando o número de ciclos por ano, compensando a redução na densidade dos cultivos, que se tornou obrigatória diante dessa nova realidade. Além disso, nos cultivos intensivos durante o ciclo todo foi possível um forte adensamento da produção. Hoje se tem notícias no Brasil de cultivos com até 600 a 700 animais/m 2 nas melhores fazendas, o que é dezenas de vezes mais do que as densidades aplicadas nos cultivos extensivos em cativeiro. Como consequência, a técnica permite economia de água porque não gera efluentes, ou gera um volume muito menor desses efluentes, o que também melhorou a técnica do ponto de vista ambiental. Por fim, a criação de camarão em estufas também tem permitido o cultivo em regiões frias. Nesse caso, a produção pode ser feita mais perto do público consumidor, fornecendo assim um produto de melhor qualidade, muito embora os custos de produção possam ser mais elevados e por isso precisarem ser compensados pelo público consumidor em troca de um produto mais fresco. O projeto O desenvolvimento de projetos de estufas para cultivo de camarão ainda está em movimento. Até pouco tempo não existia nenhuma experiência nesse sentido. Sendo assim, para que os projetos fossem iniciados, foi necessária a realização de benchmarking em outros países, onde algumas experiências já estavam sendo realizadas e a adaptação dessas experiências à realidade climática do nosso país. Foi somado a isso a experiência em fabricação de estufas para outros nichos de mercado e então, os primeiros projetos passaram a ser produzidos e instalados. No entanto, algumas perguntas foram sendo respondidas com o passar do tempo, entre elas: Qual seria o melhor plástico para a cobertura das estufas? Quanta luz deveria passar por este plástico? Como controlar o ganho de temperatura da água de forma que ela não fique fria e nem ultrapasse os limites desejados pela técnica? Como balancear o controle de temperatura e de luz do ambiente? As estufas para água marinha e para água não marinha (muitas vezes doce) devem ser iguais? Todas eram perguntas que não tinham resposta, e vêm sendo obtidas de forma empírica pelo uso da técnica, que atualmente está em um bom estágio de desenvolvimento, mas que ainda pode e será melhorada. Investimento x retorno O cultivo de camarão em estufas exige investimento, contudo, a segurança da produção é o que garante o retorno. Boa parte desses investimentos, principalmente a estufa, pode ser financiadascom taxas acessíveis e com prazos de pagamento de até 10 anos. A vida útil das boas estruturas é maior que isso, o que deixa o produtor em certo conforto para realizar o investimento. O camarão tem um ciclo curto, principalmente depois do uso dessas técnicas, o que garante um fluxo de entradas de caixa mais frequente e também

Produção de mudas de Citrus
Estufas, Florestal e mudas, Plantas, Zanatta

Produção de mudas de Citrus em sistema hidropônico

Produção de mudas de Citrus em sistema hidropônico Produção de mudas de Citrus em sistema hidropônico, origem do termo hidroponia deriva de duas palavras gregas: hidro, que significa água, e ponos, que significa trabalho. Desta maneira, o sistema hidropônico é realizado com o cultivo de plantas em meio a uma solução nutritiva. Ressalta-se que plantas cultivadas hidroponicamente e plantas cultivadas no solo não apresentam diferenças fisiológicas. Isto ocorre porque o processo de absorção de nutrientes é o mesmo, sendo estes retirados de uma solução onde estão dissociados em íons. Para alcançar a composição ideal da solução nutritiva são necessários estudos, levando em conta a concentração dos nutrientes, o sistema hidropônico utilizado, os fatores ambientais, a idade das plantas e a espécie que está sendo cultivada. Quanto aos citros, alguns trabalhos e estudos mostram resultados satisfatórios, como é o caso de Oliveira (2006). Sendo assim, o aprimoramento de técnicas que permitam a utilização de sistemas com um menor número de recursos e a formação de mudas de maneira mais acelerada se torna um excelente negócio.   Mudas em hidroponia A produção de mudas de citrus pela hidroponia vem favorecendo as plantas de elevada qualidade genética e sanitária, reduzindo também o tempo de produção e possibilitando um maior controle quanto às condições nutritivas e fitossanitárias. O sistema de hidroponia realizado em citrus consiste na utilização de sacolas ou tubetes, onde as mudas ficam dispostas e imersas na solução nutritiva, o que resulta em um sistema radicular com menor possibilidade de ataque de pragas e doenças, além de ser totalmente isento de ervas daninhas, pois o sistema se encontra em meio estéril.   Cuidados no plantio hidropônico A hidroponia exige alguns cuidados com o manejo, como: controle da temperatura para diminuir a incidência de doenças; manter boa qualidade da água da solução nutritiva; controlar o índice de condutividade elétrica da solução; manter o pH em uma faixa ideal; manter sempre a higienização e o controle das pessoas que circulam nos plantios hidropônicos; realizar sempre a limpeza dos tanques e dos dutos que a solução nutritiva está em contato, entre outras, para que, desta forma, a hidroponia se mostre uma prática eficiente, rentável e produtiva.   8 principais vantagens O sistema de produção de mudas cítricas por hidroponia vem apresentando resultados muito satisfatórios aos produtores, pois possui uma maior produtividade quando comparado com sistemas tradicionais. Isso se deve a diferentes fatores, como: aumento da proteção da cultura a fitopatógenos (quando se utiliza do cultivo protegido) devido à maior higienização; trabalha-se em bancadas, tornando o trabalho mais leve e limpo; diminuição no uso de defensivos agrícolas; uso racional da água do sistema, obtendo assim uma redução no seu consumo; após a instalação pode ser mais econômico que os demais sistemas utilizados, tendo um retorno do investimento em um menor prazo de tempo, se comparado com os demais; redução do uso de insumos; utilização racional do espaço; possibilidade do plantio e condução fora de época, tendo assim um maior controle sobre as mudas.   Desvantagens Uma das principais desvantagens do sistema de produção de mudas por hidroponia é o alto custo de implantação do sistema, devido a fatores como: construção de estufa agrícola, necessidade de bancadas, mesas, sistemas hidráulicos elétricos, geradores de energia, entre outros gastos. Se algo neste sistema não for bem projetado ou bem desenvolvido, pode representar perda da produção, já que o sistema depende do bom funcionamento de todos os pontos citados acima. Portanto, a boa manutenção se faz fundamental na hidroponia.   Funcionamento do sistema O sistema de hidroponia para a produção de mudas cítricas não difere muito da implantação dos sistemas de produção atuais, que exige bombas, encanamentos, registros, etc. A grande diferença neste tipo de produção é a necessidade da implantação/ adaptação do suporte que os tubetes ou sacolas estarão, pois é necessário que os mesmos fiquem imersos na solução nutritiva de maneira correta. Alguns sistemas também são montados sob telado antiafídeo. Devemos lembrar que os sistemas hidropônicos são divididos entre os que possuem circulação da solução nutritiva, os chamados sistemas dinâmicos ou abertos, e os que não possuem circulação, chamados sistemas estáticos. Este, por não possuir um fluxo constante de solução nutritiva, necessita que seja feita maior manutenção e limpeza dos tanques. Um dos sistemas mais conhecidos e utilizados de circulação dinâmica é o NTF, ou variações do mesmo. Funciona basicamente com um suporte (tanque/ piscina) para a solução nutritiva, canais onde a espécie cultivada ficará submersa, uma bomba responsável por promover a circulação da solução e um sistema que realiza o retorno da solução ao tanque.   Produtividade É possível observar no plantio hidropônico de citrus uma melhor produtividade do que nos sistemas convencionais utilizados. Isto ocorre porque as mudas se encontram em um ambiente extremamente favorável, livres ou com um menor risco de serem afetadas por pragas e doenças. Desta maneira, as mudas se apresentam ao produtor de uma forma mais vigorosa e nutricionalmente equilibradas, pois todas as demandas por nutrientes estarão sendo oferecidas constantemente e em equilíbrio. Assim, a somatória destes fatores proporciona uma rápida resposta após o plantio. Vale ressaltar também que, com a melhor otimização do espaço de cultivo, o número de mudas produzidas por metro quadrado é até seis vezes maior no momento da repicagem e duas vezes maior na fase de terminação do porta-enxerto, em comparação com o sistema convencional. Outro fato interessante é o tempo que a muda leva da semeadura até estar pronta para o plantio, sendo reduzido em torno de 130 dias (aproximadamente quatro meses) em relação à produção convencional. Escrito por: Revista Campo e Negócio   Confira também: Importância da estufa para florestais e mudas   Produção de mudas de Citrus em sistema hidropônico | Produção de mudas de Citrus em sistema hidropônico

estufa agricola
Cultivos, Estufas, Flores, Florestal e mudas, Hortaliças, Morango, Pimentão, Tomate, Zanatta

Estufa agrícola, condições favoráveis para cultivos diversos.

Estufa agrícola, condições favoráveis para cultivos diversos. A estufa agrícola foi introduzida no Brasil nos anos 1980 pela Petroquímica Triunfo, com a intensão de difundir o uso do filme de polietileno de baixa densidade aditivado anti-UV. Esse filme tinha como principal qualidade a durabilidade, quando exposto ao sol. O aditivo permitia que ficasse exposto durante períodos de até quatro anos, desde que não houvesse outros danos físicos. O modelo de estufa inicial proposto para difusão do plástico foi construído com madeira, em sua maioria com toras de eucalipto, e com alguns caibros e ripas para fixação do filme plástico. A construção era simples e rústica, tendo sido bastante difundida pelos vários órgãos de extensão rural, especialmente na região sul do Brasil. Pretensões Com esses conhecimentos houve intensão de não chamar as estruturas de estufas, visto que o chamado ‘efeito estufa’ não ocorria, pois a cobertura de plástico é transparente em mais de 90% e a radiação de onda é longa (radiação que aquece o ar). Outras nomenclaturas foram tentadas, como ‘ambiente protegido’, porém, o nome estufa plástica se manteve forte e é utilizado até hoje. Apesar de não ter obtido sucesso com a redução do frio interno, muitos locais de pesquisa e produção verificaram que outras qualidades e benefícios a estrutura proporcionava, como redução de danos pelo vento, chuva ou granizo, aumento da taxa de crescimento vegetal (área foliar e altura de planta), características de sabor beneficiadas, além de outras vantagens. A evolução das estruturas Com o maior conhecimento dos benefícios, as recomendações de uso de estufas foram mudando, como por exemplo, a recomendação para a produção de tomates durante o período de maior preço de mercado que não era possível durante os períodos mais frios no Sul do Brasil. Verificou-se que o maior valor se encontrava em dois períodos. Para produção nessas épocas, o cultivo dentro das estufas facilitava atingir altas produtividades com duas épocas de cultivo. A dificuldade de produzir nessas épocas era devido a temperaturas baixas no Sul e temperaturas elevadas e com chuvas no Centro do Brasil. Outra característica favorável às estufas foi o cultivo de folhosas e de algumas espécies de hortaliças com ciclo mais longo, como pimentões coloridos e morango, e espécies de fruteiras suscetíveis a doenças, como framboesa e outras que não apresentavam qualidade adequada. Resultados de pesquisas Com as observações colhidas em vários locais do Brasil, salientou-se outros benefícios do uso de estufas para cultivo, além dos inicialmente propostos. O uso de estufas se difundiu em todo o nosso País e em quase todos os cultivos, devido aos benefícios alcançados pelos produtores. No Norte como protetor de chuvas, no Nordeste como redutor de radiação e ventos, no Centro como um protetor de condições adversas na produção de hortaliças, bem como no uso de produção fora do solo (vários tipos de hidroponia), como elemento isolante da precipitação nesses sistemas. Alguns trabalhos de pesquisa concluíram que a maior umidade relativa do ar, menor radiação solar e menor demanda atmosférica melhoram as condições hídricas da planta mostradas pelo maior potencial de água em seus tecidos, refletindo em maior área foliar e maior condutância estomática, características relacionadas às plantas de sombra, como aumento da vida útil das folhas em sua capacidade fotossintética. Benefícios garantidos Todas as características apresentadas demonstram que existe uma grande proteção da estufa sobre as plantas, determinando uma maior resistência a patógenos, o que, por sua vez, determina uma redução no potencial de infecção de várias doenças, facilitando o cultivo de várias culturas, inclusive a redução ou eliminação de agrotóxicos. O cultivo em estufas facilita o manejo das plantas, visando o controle de doenças, o que também permite ou amplia o uso de produtos alternativos não tóxicos ou de menor toxicidade para manejo de doenças. Esse benefício do uso de estufas talvez seja o maior dentre as várias facilidades proporcionadas pelo seu uso. Algumas culturas, como o morangueiro, que já não eram mais cultivadas em algumas regiões tradicionais do Sul do Brasil, foram modificadas com a possibilidade de cultivo fora do solo em ambientes protegidos, com estufas permitindo que a produção voltasse a ser tão ou mais importante. O cultivo orgânico Apesar de algumas normativas da produção orgânica ou natural não recomendarem o uso de plásticos, verificou-se que o cultivo orgânico cresceu com os benefícios das estufas, principalmente no controle de patógenos. Nem todas as doenças e pragas são eliminadas, porém, várias técnicas e acessórios indicados para uso nas estufas facilitam o controle dessas pragas, como ventilação forçada, uso de tela contra insetos indesejáveis, controle de irrigação, uso de cultivo em substratos artificiais, irrigação localizada, sombreamento e outros, com uso de automação de variáveis climáticas. O manejo de estufas pode ser desde o mais simples, com recomendações de evitar o molhamento das plantas e ventilar ao máximo, até manejos mais sofisticados em ambientes automatizados, controlando temperaturas, umidade relativa, CO 2, radiação solar ou complementação luminosa, etc. 5 dicas na escolha da estufa ideal Siga-nos em nossas mídias socias: Facebook | Instagram. estufa agrícola | estufa agrícola estufa agrícola | estufa agrícola