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Cultivos, Estufas, Tomate, Zanatta

Produção em Estufas: Cultivares de tomate mais indicadas

Produção em Estufas: Cultivares de tomate mais indicadas O tomate é o queridinho das hortaliças na mesa dos brasileiros. Para este ano, existe uma projeção de produção de aproximadamente de 3,6 milhões de toneladas, com um aumento de 2,1% em relação à safra passada. A área plantada e a ser colhida pode apresentar crescimento de 2,7%, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE. A região sudeste é a maior produtora de tomate, seguida da região centro-oeste, que é grande produtora de tomate indústria. Os Estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais são os principais produtores. Goiás corresponde a 27,5% da produção brasileira, porém, estes valores são destinados à produção do fruto para indústrias de processamento de molhos e extratos. Contudo, para o mercado de frutos in natura, corresponde, em média, a 70% da produção, e vem sofrendo grandes avanços e transformações tecnológicas. Oferta x demanda Neste início do ano, pelas condições desfavoráveis de produção e baixa quantidade de tomate no mercado, os preços comercializados tiveram alta. O tomate de mesa ficou cerca de 30% mais caro. As altas dos preços foram impulsionadas principalmente pela elevação de preços dos adubos e inseticidas, sendo de extrema importância investir em tecnologia para reduzir os riscos da cultura. Estima-se que os custos de produção de 1,0 hectare de tomate ultrapassem R$ 100.000,00, ponto importante para o produtor avaliar e investir em ambientes protegidos visando aumentar a qualidade e produtividade do produto, principalmente em épocas desfavoráveis ao cultivo. Tomate em estufas O cultivo do tomateiro em ambiente protegido possibilita diversos benefícios ao produtor, auxilia no desenvolvimento da planta de tomateiro, reduz os problemas com excessos de chuva e perdas com ataque de pragas e as doenças. Além disso, possibilita o cultivo em épocas chuvosas, pois o tomateiro não tolera molhamento foliar. Com isso, há uma redução na incidência de doenças, principalmente as foliares. No Brasil, a tomaticultura é caracterizada principalmente pelo cultivo de frutos em campo aberto, porém, algumas regiões e em alguns períodos (chuvoso) o cultivo de tomate em estufas pode ser a única alternativa para a produção de tomate. Apesar da maior parte do cultivo de tomate ser realizado em campo aberto, a produção de tomate em estufas plásticas ou de vidro tem sido cada vez mais im- portante no suprimento de frutos frescos e de boa qualidade. Diferente dos cultivos por curtos períodos a campo, a produção de tomate em estufa pode ser mantida por um longo tempo. Alguns híbridos podem ser conduzidos por mais de 10 meses, lógico que isso está correlacionado ao tipo de estufa, híbrido ou cultivar, manejo, etc. Inicialmente, as estufas eram uma alternativa para a produção de tomate, principalmente para manejo em ambientes em épocas chuvosas. Atualmente, a utilização destes ambientes possibilita uma maior produtividade e qualidade dos frutos. Além disso, permite a maior oferta de tomate em períodos críticos, em que o valor de comercialização do produto é maior e leva maior rentabilidade ao produtor. Conforme valores do índice sazonal de preços das Ceasas durante o ano, percebe-se valor pago superior nos períodos de chuva, resultado da baixa oferta de tomate no mercado. Outro ponto importante são as indicações de estufas, que variam conforme os objetivos dos produtores, o orçamento e nível de tecnificação. Praticamente todos os modelos de estufas são adequados e promovem transformações ambientais favoráveis ao tomateiro, desde que proporcionem boa ventilação, proteção às chuvas e luminosidade adequada. Tomates indicados A maioria das cultivares/híbridos de tomateiro são adequadas para o cultivo em casa de vegetação, sendo interessante adequar o ambiente protegido para que não haja hiperaquecimento e que a estrutura esteja adequada para o cultivo do tomateiro. No mercado encontra-se uma infinidade de materiais para o mercado mesa, alguns deles litados a seguir. Evolução genética Com o desenvolvimento de tecnologias de produção, os tomateiros também sofreram alterações e melhoramentos. A cada ano são lançados no mercado cultivares e híbridos com diversas características desejáveis, como tipo de fruto (salada, caqui, italiano, saladete, cereja), teto produtivo (peso médio de fruto), resistência e tolerância a doenças, nematoides, adaptação às condições de solo, umidade e rusticidade. Estes são os primeiros aspectos que o produtor deve se atentar na escolha do tomateiro para cultivar. Um exemplo é o valor agregado do fruto tipo Italiano em algumas regiões, durabilidade dos frutos após a colheita, e/ou produtividades elevadas de algumas plantas. Apesar de diversas opções no mercado brasileiro, o produtor sempre deve comprar sementes de qualidade, com tecnologia envolvida e que atenda a sua necessidade. Cuidados Quanto maior a produtividade, maiores as necessidades nutricionais do tomateiro. Este é um fruto rico em nutrientes, dentre eles vitaminas, minerais e muitos carotenoides, como o licopeno, importante antioxidante que atua na saúde humana. Esta cultura também é exigente em micronutrientes, os quais devem estar disponíveis conforme a curva de exploração da cultura e fases de desenvolvimento, sendo necessário um controle rígido da adubação via solo e foliar, a fim de evitar distúrbios fisiológicos devido à deficiência. Uma alternativa a ser utilizada é a fertirrigação, por dois motivos principais: Proporcionar irrigação de forma localizada, sem molhamento foliar, reduzindo, portanto, a ocorrência de doenças foliares; Possibilitar a disponibilidade de nutrientes de forma localizada, facilitando o aproveitamento da planta e reduzindo a necessidade de mão de obra. O cultivo de plantas de tomateiro em vaso auxilia na redução dos problemas relacionados à salinização do solo, deficiência nutricional, além de driblar as doenças de solo. Melhora a eficiência hídrica, nutricional e reduz os problemas com microrganismos e doenças. Além de todas as vantagens descritas, o ambiente protegido ainda auxilia na redução da infestação dos insetos-praga, pois a tela lateral funciona como barreira física, barrando parte dos insetos. Custo-benefício O cultivo em ambiente protegido requer um investimento inicial, sendo os custos com ambiente protegido variáveis conforme o tipo e a autonomia da estufa escolhida. Atualmente, os custos com a implantação de uma estufa de 7,0 x 21m e pé direito maior que 4,0m é de um pouco mais de R$ 35.000,00. A vida útil

Filme agrícola difusor
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Filme Agrícola Difusor, quais as recomendações?

Filme Agrícola Difusor, quais as recomendações? Nas últimas três décadas, observa-se uma crescente evolução nas técnicas de produção de filmes difusores de luz para serem utiliza- dos nas atividades agrícolas. A técnica, que consiste na utilização de filmes difusores de luz para a cobertura de ambientes protegidos, é bastante aplicada no Brasil. Diversos tipos de materiais são utilizados para essa finalidade, os quais possuem aditivos que alteram a incidência dos raios solares, para dinamizar o processo de fotossíntese e a adequação das temperaturas. Um filme plástico agrícola é chamado de difusor quando tem capacidade de difundir a luz, ou seja, de transformar os raios do sol em luz que se propaga em todas as direções, e quando sua turbidez é igual ou superior a 30% para espessuras entre 70 e 150 μm e a 35% para espessuras iguais ou superiores a 150 μm. Ação Os filmes difusores de luz possuem a capacidade de controlar a radiação solar e adequar a temperatura de acordo com o que é exigido pela cultura, porém, os estudos sobre este procedimento no Brasil ainda são escassos em relação às alterações que estes materiais causam sobre alguns elementos meteorológicos, entre os quais, o saldo de radiação, a temperatura e a umidade relativa do ar. As culturas mais utilizadas em ambiente protegido são pimentão, tomate, pepino e alface. Esta estratégia de cobertura plástica do solo tem um importante papel na produção agrícola, pois protege o solo contra condições adversas de clima, mantendo a sua estrutura preservada, controlando a umidade e impedindo a propagação de plantas daninhas na cultura. Porém, os filmes difusores alteram algumas propriedades da região em estudo, como a temperatura do solo, no qual a amplitude varia conforme a capacidade de absorção e de condutividade térmica do material utilizado. Benefícios Pesquisadores procuram materiais que possam permitir a maior passagem de luz difusa, com menos sombras. O filme agrícola difusor eleva o percentual (cerca de 60%) de luz difusa que é emitida para dentro do ambiente protegido, contribuindo com a melhoria da distribuição de luz sem que haja grandes perdas na transmissão da luz. Além disso, potencializa o processo fotossintético e, consequentemente, eleva a umidade do ar e diminui a temperatura do ambiente protegido durante o dia em até três graus, ou seja, eliminando qualquer sombra presente na estufa. Os plásticos difusores, telas de sombreamento ou fotoconversoras, são considerados obstáculos físicos que possibilitam a alteração dos raios solares que incidem sobre a cultura. Essa alteração influencia diretamente no crescimento, na produção e no florescimento. A temperatura, umidade e a ação dos ventos estimula a perda de água da planta, sendo a radiação solar o principal fator responsável por estes processos. Porém, também fornece a energia requisitada para o aquecimento, evaporação e transpiração das plantas. Desta forma, os filmes difusores são de grande importância, pois apenas parte da radiação solar é transmitida para dento do ambiente. Assim, a quantidade de luz e energia é reduzida, muito diferente quando comparada a uma cultura a céu aberto. Produtividade Quando se trata de produtividade, o uso de Filme Agrícola Difusor de luz tem se mostrado muito eficiente, elevando a produtividade e qualidade dos produtos, permitindo a produção fora da época e garantindo aos consumidores um bom preço. A proteção com filmes e telas atenua a radiação direta dos raios do sol sobre o vegetal e diminui os danos aos tecidos das plantas em estado juvenil. Esses ambientes propiciam melhores condições para a formação das mudas, fase essencial para o sucesso no canteiro de produção, assim como pro- movem condições de cultivo em qualquer época do ano. Para as hortaliças A utilização de filmes difusores é muito importante no cultivo de hortaliças. A radiação solar, quando incide sobre a cultura, provoca áreas sombreadas, e isto faz com que as folhas mais baixas não recebam a luz solar, diminuindo as taxas fotossintéticas e prejudicando o crescimento dessa planta. Porém, com o uso de coberturas que difundem a luz solar, distribuindo de forma proveitosa a luz direta, as folhas mais baixas conseguem obter maiores taxas fotossintéticas, elevando o desempenho da cultura. A quantidade de luz solar transmitida irá variar de acordo com a posição e com o ângulo de incidência da radiação solar. Muitos agricultores relatam o fato de não utilizar filmes difusores em decorrência do custo inicial para a implantação. Porém, quem de fato utiliza o sistema afirma que o custo-benefício varia de acordo com cada cultura, e que o uso desta técnica é muito vantajoso. O investimento inicial é pago no decorrer de um ano de produção. Manejo Ao instalar qualquer filme difusor, é recomendado que isto seja feito no início da manhã ou final da tarde, para evitar que a ação dos ventos dificulte o processo e também a leitura dos manuais, onde constam todos os detalhes próprios do material. Deve-se dar atenção especial às bobinas dos filmes, pois estas devem ser guardadas na posição horizontal e jamais podem ser arrastadas, batidas ou jogadas durante seu transporte. O manejo deve ser realizado priorizando manter a temperatura relativamente próxima à ideal da espécie implantada, pois quando estes ambientes são alterados, as maiores mudanças de temperaturas ocorrem no período mais quente do dia, afetando as temperaturas máximas. O ambiente protegido deve sempre estar nas condições climáticas exigidas pela cultura, para se obter o máximo de produtividade. Uma das culturas mais beneficiadas pela técnica é o pimentão, que é exigente em temperatura, umidade e luminosidade. Portanto, o cultivo em ambiente protegido interfere diretamente no seu desenvolvimento. Mais cuidados Além das características de cada região, é preciso observar o local adequado para a instalação da estrutura, pois o Brasil apresenta uma grande variedade de climas de acordo com cada região, que vão desde o subtropical ao tropical. Em algumas situações, o local pode atrapalhar, pois temperatura e alta umidade são fatores limitantes para a cobertura com Filme Agrícola Difusor.   Tela Antiafídeo impede doenças no viveiro de mudas de Citrus Conheça o nossa loja online. Siga-nos em nossas mídias socias: Facebook | Instagram.

cultivo protegido em estufas
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Cultivo Protegido em Estufas Agrícolas

Cultivo Protegido em Estufas Agrícolas Desde sua introdução, a plasticultura mudou muito no Brasil. A utilização de filmes para cobrir as culturas foi chamada de estufas plásticas, termo oriundo das estufas de vidro até então utilizadas para fim agrícola. As casas de vegetação de vidro, ou estufas de vidro, eram, no Brasil, usadas principalmente em empresas de pesquisa para proteger experimentos de várias culturas. A introdução de estufas plásticas foi inicialmente realizada na região sul do Brasil, pela proximidade da petroquímica, e o plano de divulgação da técnica visava a produção de hortaliças durante todo o ano, mesmo durante o período frio de inverno existente nessa região. A ideia a ser lançada era “produzir tudo durante todo o ano”. Essa proposta foi um dos erros iniciais do programa de incentivo da técnica, vindo prejudicar a sua adoção rápida na época. Hoje, sabe-se que a produção em ambientes protegidos por estufas plásticas é uma técnica que veio para ficar, e à medida que o produtor entra em contato com sua utilização correta, ele verifica as possibilidades de melhora da produção, da segurança e economicidade de sua lavoura. Panorama O Brasil é o segundo maior produtor em ambientes protegidos na América Latina, com aproximadamente 30.000 ha em 2019, ficando atrás somente do México, que possuía uma área coberta de 41.000 ha. Mesmo com um crescimento acima das taxas do PIB brasileiro, o crescimento anual de adoção da técnica fica próximo a 5% ao ano, muito abaixo de outros países e regiões que têm taxas próximas a 10%, como Europa e Japão, o que mostra o potencial de crescimento dessa técnica no Brasil. De acordo com alguns autores, as estufas são normalmente utilizadas para cultivos de hortaliças (60%), para flores em média 20% e para frutas e fumo, outros 20%. Evolução A evolução da produção protegida não se deu somente em valores, mas em qualidade também. À medida que o setor produtivo foi se aperfeiçoando e conhecendo melhor a utilização correta de sua produção nesses ambientes, aumentava a necessidade de novas técnicas e estruturas, que apesar de maior investimento inicial, se mostraram mais econômicas a longo prazo, bem como ofereciam maior segurança ao produtor. Novos sistemas de produção, culturas e insumos agrícolas determinaram que os modelos e as estruturas das estufas se adaptassem a essas novas técnicas. A produção fora do solo, por exemplo, necessita de ambiente com cobertura total da chuva e que os modelos sejam adequados a ela. A utilização de produtos biológicos para controle de pragas foi outra técnica que necessitou de condições especiais dos ambientes. Outro fator foi o aumento de demanda por produtos de melhor qualidade sem uso de químicos em sua produção, como a orgânica, fundamental para evolução de modelos e acessórios de controle do ambiente. Inicialmente as estufas foram construídas sobre estruturas de madeira e cobertura com filmes plásticos. Alguns modelos se mostravam eficientes na produção, porém, com baixa resistência a ventos. Até hoje se usam esses tipos simples de estufas, mas o que se observa é que o produtor tende a adotar um outro modelo mais adequado à fixação do plástico, como as coberturas de arco em tubo metálico. Outros produtores, ainda exigindo maior qualidade, adotam estruturas de aço, que possuem uma vida útil maior que as de madeira. Proteção A cobertura das laterais com telas é uma outra técnica que vem aumentando sua utilização para evitar o ataque de pragas-inseto, que normalmente são controladas com químicos. A adoção dessas telas para alguns usos necessita de maior pé-direito ou altura da estrutura, para que a área de ventilação seja maior, adequando o ambiente para o cultivo. Com o uso de telas a estrutura fica mais guarnecida também de outros patógenos, se tornando adequada para que se faça antessala na entrada, com aumento do isolamento desses problemas, podendo ser usada também para desinfecção dos calçados e colocação de roupas de proteção. Cobertura A cobertura das estruturas sempre foi variada, dependendo da região ou do fabricante, a exemplo daquelas com pouca declividade ou plana, usadas na cobertura de parreirais, coberturas em duas águas ou estufas capela, e as mais utilizadas atualmente, em arco. Essas estruturas podem ou não ter ventilação zenital, ou ventilação na sua parte superior ou nos frontais da estufa, visando uma melhor renovação do ar interior, que normalmente é muito úmido. Também existem as estufas conjugadas, que são estruturas ligadas umas às outras, aumentando o tamanho da área coberta. Esses modelos normalmente possuem laterais com tela, e necessitam de altura maior que modelos individuais. Fora do solo Outra técnica que está apresentando crescimento significativo ultimamente é o cultivo fora de solo, em que o produtor retira as raízes do solo e utiliza um substrato artificial, o qual é irrigado com solução nutritiva (fertirrigação) para o desenvolvimento das plantas. Esses sistemas utilizam vasos ou calhas, onde as plantas se desenvolvem. Para maior facilidade e limpeza dentro das estruturas, alguns estão pavimentando o seu interior, onde são colocados os recipientes com os substratos. Essa técnica determina que o piso seja adequado ao tipo de microclima interno necessário, normalmente necessitando que sua cor seja reflexiva para que não aumente muito a temperatura. Também é importante ressaltar que se a estrutura para fixação do plástico for usada para fixação de plantas, essa deve ser reforçada para aguentar esses esforços extras. Modelos atuais, além de modificarem o microclima, como as estruturas menos equipadas, têm possibilidade de ser controladas usando equipamentos especiais de aquecimento, sombreamento, resfriamento, ventilação, exaustão, complementação luminosa, dentre outros. Estufas com esses equipamentos são as que mais evoluíram dentro do sistema de produção, mas são estruturas adequadas a tipos específicos de cultivo de alto retorno ou valor, visto que possuem custo elevado e, na maioria das vezes, permitem a automação do controle. Vantagens Os diferentes modelos proporcionam diferentes vantagens às culturas, desde os modelos mais simples, que por meio de proteção física e redução de estresses garantem melhora em seu crescimento vegetativo, porém, com restrições aos aumentos de temperatura noturna. Isso representa restrição à produção de

sistema certo de produzir morango
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O Sistema Certo para Produzir Morangos

Sistema Certo para Produzir Morangos. O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de morangos do Brasil em sistema tradicional, isto é, sobre canteiros preparados no solo com uso de lonas plásticas (mulching) e sistema de gotejamento. Também se utilizam túneis baixos para proteção das plantas contra intempéries. Entretanto, nos últimos anos, sistemas inovadores de produção têm impulsionado a cultura e levado a produção de morangos para sistemas fora do solo. Sistemas fechados ou abertos são opções rentáveis que mitigam o trabalho, potencializam a produção ao longo de todos os meses do ano, reduzem o impacto e os efeitos da aplicação de agrotóxicos na cultura. Os tipos de sistema O sistema de cultivo fora do solo pode ser classificado em fechado quando a solução nutritiva que passa pelas raízes retorna ao depósito de origem, ou aberto, quando a solução aplicada não retorna à origem, ou seja, com perda da solução nutritiva não absorvida pelas plantas durante a prática da fertirrigação, sendo esse o principal problema ocasionado pelo sistema, pois a solução nutritiva não absorvida pelas plantas pode contaminar o solo e, em casos extremos, os cursos de água. O sistema aberto apresenta como principal vantagem a facilidade de aquisição dos componentes, instalação e manejo. Atualmente, já́ existem empresas especializadas em fornecer praticamente todo o material necessário para a implantação do sistema de cultivo aberto. Já́ o manejo do sistema é de fácil compreensão por parte dos agricultores, em virtude da semelhança em diversos aspectos com o manejo realizado com plantas cultivadas em canteiros no solo. Por questões econômicas e ambientais, a tendência é a migração para o sistema de cultivo fechado com uso de substrato e recirculação da solução nutritiva (LIETEN et al., 2004; ANDRIOLO et al., 2009). Vantagens do plantio fora do solo Os sistemas de produção de morango fora do solo apresentam algumas vantagens, quando comparados com sistemas de produção no solo, sendo as principais: Possibilidade de obtenção de produções durante os doze meses do ano. Viabilidade de produção em uma mesma área durante longo tempo, evitando-se a necessidade de rotação de culturas. Redução de problemas fitossanitários, principalmente os relacionados ao sistema radicular, em virtude de as plantas serem cultivadas em substrato. Proteção das plantas dos efeitos da chuva e maior ventilação, condições que minimizam o estabelecimento de doenças. Menor pressão de doenças, permitindo a substituição parcial dos agrotóxicos por praticas culturais adequadas, uso de agentes de controle biológico, assim como produtos alternativos, reduzindo o nível de contaminação dos frutos. Ergonomia do sistema, resultando em menores riscos à saúde do trabalhador envolvido diariamente com a cultura. Além das vantagens citadas, podemos destacar como benefícios adicionais a maior produtividade e a qualidade da fruta, proporcionando ciclos de produção que podem se estender durante o ano inteiro (MORAES; F URLANI, 1999; ANTUNES; DUARTE FILHO, 2003). A produção de morangueiro fora do solo pode chegar a triplicar o potencial de uso da área de terra (BORTOLOZZO et al., 2007). Variações no sistema de produção fora do solo Sistema aberto: o sistema de produção aberto fora do solo é assim denominado por não reaproveitar a solução drenada (não absorvida pela planta) durante o ciclo produtivo. Atualmente, esse sistema é o mais utilizado quando se fala em produção de morangos fora do solo, independente da região. É um sistema considerado de relativa facilidade de manejo por parte do produtor, sendo que para tal sistema já́ existe um pacote tecnológico bem definido, que envolve indicação de substratos e cultivares, instalação de estruturas, assim como da nutrição nas diferentes fases de desenvolvimento da cultura. Sistema fechado: o sistema de produção fechado ou circulante é dotado de estruturas que permitem que a solução nutritiva utilizada no sistema que não for absorvida pelas plantas seja coletada e direcionada novamente para o reservatório de abastecimento do sistema, sendo a mesma fornecida novamente às plantas. O sistema circulante é considerado uma alternativa para minimizar a contaminação ambiental ocasionada pelo cultivo, sendo mais eficiente no uso de nutrientes e água. Escolha do local A escolha da área onde serão instaladas as estruturas de produção de morango fora do solo é o ponto de partida, pois uma decisão equivocada pode levar o sistema à ineficiência produtiva. Sendo assim, algumas recomendações devem ser levadas em consideração: Dar preferência para áreas com boa incidência de luz solar, não devendo ter obstáculos principalmente do lado leste da estufa/túnel. A área deve apresentar drenagem eficiente. Escolher um local que apresente superfície do solo plana, e quando não for possível, é recomendado o nivelamento do terreno, visando evitar problemas com o sistema de irrigação. Optar por áreas que apresentem boa ventilação, porém, sem incidência excessiva de ventos. Em locais muito expostos, a instalação de quebra-ventos deve ser realizada para aumentar a segurança e durabilidade das instalações. Sempre que possível, optar por áreas próximas às sedes das propriedades, para facilitar um melhor acompanhamento de todo o processo produtivo. O local a ser escolhido deve apresentar, obrigatoriamente, energia elétrica e água de qualidade. Em locais com redes elétricas instáveis é recomendado que se tenha gerador de energia elétrica para segurança do sistema, principalmente nos sistemas fechados. Os slabs No caso do sistema de cultivo aberto, geralmente as plantas são cultivadas em ‘slabs’, sendo uma embalagem plástica (PEBD) tubular, preferencialmente de cor branca externamente e internamente preta, para evitar aquecimento excessivo do substrato que é colocado em seu interior, bem como evitar a germinação de sementes que possam existir ali. Os ‘slabs’ podem ser adquiridos prontos (com substrato) ou vazios, para que o produtor prepare o seu próprio substrato e realize o enchimento na propriedade, reduzindo o custo, além de garantir maior controle sobre o substrato utilizado e seus componentes. Atualmente, existem disponíveis no mercado plásticos especialmente destina- dos à confecção dos ‘slabs’, com distintas dimensões e espessuras. As larguras mais comuns dos ‘slabs’ comerciais são: 39 cm; 33cme30cm. Os ‘slabs’ confeccionados com material de 39 cm de largura comportam cerca de 60 litros de substrato por metro; os com 33 cm de largura, 42 litros; e os

maior produtividade no cultivo
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Maior produtividade no cultivo, plantio em estufas eleva em até 30% sua produtividade.

Maior produtividade no cultivo, plantio em estufas eleva em até 30% sua produtividade. Com o passar dos anos as mudanças climáticas são cada vez maiores. Do ponto de vista da agricultura, estas alterações trazem prejuízos econômicos para os produtores. As plantas estão sofrendo com a incidência solar e apresentando sintomas de queimaduras, além de sintomas de perda de água, gerando desidratação. Deste modo, a melhor saída para proteger as plantas mais sensíveis das intempéries climáticas é o cultivo em estufas. O plantio em estufa representa um exemplo de cultivo em ambiente protegido, oferecendo um microclima adequado para o desenvolvimento da cultura. Muitas culturas apresentam resultados superiores, quando produzidas em estufas, principalmente hortaliças, legumes e frutos. Isto ocorre, principalmente, pelo fato de as estufas proporcionarem condições climáticas controladas, isolando as intempéries climáticas que podem vir a surgir. Opções O cultivo nas estufas pode ser em Vasos, Sistemas de hidroponia, ou o plantio diretamente no solo. Deste modo, pode ser um sistema simples ou pode-se fazer uso de mais tecnologias. As estufas podem ser pequenas, cobrindo apenas pequenos espaços ou bancadas, ou ainda podem cobrir grandes áreas. Sendo construídas em aço galvanizado, plásticos transparentes, sombrite, dentre outros materiais. As estruturas laterais podem ser movidas, como cortinas, a depender das condições climáticas, controlando as condições internas, bem como telas de sombrite podem ser utilizadas para controlar a luminosidade que chega às plantas. Quanto à estrutura, as estufas podem ser do tipo capela, sendo a estrutura semelhante à de um galpão ou aviário, apresentando duas abas de cobertura inclinadas, com altura mínima de três metros e espaço interno arejado. As estufas podem ainda ser do tipo arco, mais elaboradas, com teto abaulado, possibilitando um maior aproveitamento da luz. Neste exemplo, o custo de implantação é maior, mas em contrapartida traz maiores ganhos de produtividade, sendo assim, mais utilizadas. Orientação No geral, as estufas são construídas na orientação leste-oeste, para serem beneficiadas com a radiação solar. Assim, há menos problemas com sombreamento das vigas da estrutura. São construídas levando em consideração o sentido da direção dos ventos predominantes, nunca na direção perpendicular dos mesmos. No seu interior, sempre que possível, as plantas também devem ser organizadas na orientação leste-oeste. O cultivo protegido não envolve apenas a proteção das plantas contra os fatores do meio ambiente. Neste sistema há uma alteração em todo o mecanismo das plantas. É importante controlar as condições ambientais, mas permitir a entrada de sol e vento de maneira indireta. As plantas não podem sofrer alterações na sua fotossíntese por redução de luminosidade. Garantir um desempenho satisfatório na fotossíntese implica em ganhos diretos na produtividade. Além disso, a falta de ventilação pode acarretar em problemas fitossanitários. No interior das estufas, a temperatura é controlada por termômetros. Em casos de controle de temperaturas elevadas, em que há excesso de calor, pode-se realizar o controle por meio de telas de sombreamento, abertura das cortinas laterais, bem como podem ser acionados exautores ou outros sistema de refrigeração. Já nos dias mais frios e com pouca luminosidade, o problema pode ser solucionado fazendo uso de iluminação artificial e aquecedores. Em relação ao controle da umidade do ar, está diretamente relacionado com a prática de irrigação das plantas. A água consegue equilibrar a sensação térmica, e ao mesmo tempo mantém as plantas hidratadas. Além disso, podem ser utilizados ventiladores que liberam partículas de água para refrescar o ambiente e aumentar a umidade relativa. Sob controle O controle das condições climáticas precisa ser realizado de maneira correta, mantendo a temperatura e umidade adequadas para as plantas. É fundamental que o ambiente interior das estufas seja arejado e com uma boa circulação de ar para evitar problemas fitossanitários. Outro ponto importante é realizar a irrigação da forma correta, evitando molhamento foliar, para não criar um microclima adequado para os patógenos de plantas. A maioria das doenças é beneficiada em situações de umidade e temperatura elevada, onde há o abafamento das plantas. Nestes casos, o espaçamento entre plantas e entrelinhas é outro ponto fundamental. Vantagens As estufas apresentam também como vantagem a contenção da entrada de animais, pássaros, insetos-pragas e insetos vetores de doenças. A barreira física é um bom aliado, impedindo a entrada de organismos que vão causar prejuízos às plantas. As barreiras podem ainda atuar contendo esporos que são levados pelos ventos. Com isso, há uma redução da necessidade de aplicação de produtos fitossanitários. Em casos onde há infestação de doenças na parte aérea, recomenda-se realizar o descarte da parte aérea logo após o cultivo e desinfestar o local antes da instalação do próximo cultivo. Quando os problemas são com doenças no sistema radicular, ou pragas de solo, é recomendado o descarte do sistema radicular. Assim, há uma redução do inóculo inicial ou da praga e possibilita um melhor tratamento do solo antes de instalar a próxima cultura. Em relação às plantas daninhas, em cultivos protegidos os problemas são menores. O controle é efetuado logo que se constata o problema, gerando um banco de sementes menor, além do fato de que as sementes não são trazidas por ventos e animais. Controle de tripes na hidroponia. Manejo integrado controle eficiente de pragas e doenças em hidroponia. Siga-nos em nossas mídias socias: Facebook | Instagram.

cultivo protegido de pimentão
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Cultivo protegido de pimentão, garantia de maior produtividade

Cultivo protegido de pimentão, garantia de maior produtividade O pimentão (Capsicum annuum L.) possui grande importância no mercado brasileiro, destacando-se por sua boa adaptação ao clima tropical, sendo, no entanto, sensível a baixas temperaturas e geadas. O seu cultivo requer, ainda, fertilidade, umidade e luminosidade apropriados para um adequado desenvolvimento das plantas e consequentemente, obtenção de frutos com qualidade. Com isso, o uso de estufas para cultivo protegido de pimentão vem se tornando uma alternativa altamente atrativa, apresentando grande vantagem, por possibilitar o cultivo durante o ano todo, principalmente em épocas de entressafra, quando a oferta do produto é menor e os preços são melhores. Benefícios O cultivo em ambientes protegidos proporciona diversos benefícios ao pimentão, desde que seja conduzido de forma adequada. O maior controle das condições ambientais, como temperatura, umidade e radiação solar influenciam positivamente o cultivo, com maior estabilidade da produção, proporcionando maior ampliação do período de colheita, proteção contra ventos e chuvas, e redução da incidência de pragas e doenças, o que vem impulsionando o cultivo de pimentão em ambientes protegidos, visto a melhoria na qualidade do produto final. Como implantar a técnica É fundamental, antes da construção da estufa, realizar um planejamento e detalhamento de toda a produção, desde a escolha de cultivar de pimentão até a colheita e comercialização do produto. Outro aspecto importante a ser estabelecido é a escolha do local onde a estufa será́ construída, devendo-se optar por locais sem encharcamento e ventos fortes, posicionamento em relação ao caminhamento do sol, disposição de água de qualidade para a irrigação, dentre outros fatores que influenciarão no desempenho produtivo da cultura. O modelo da estufa a ser implantada e o material utilizado em sua construção, como o tipo de estrutura, de plástico e de telado também são aspectos que devem ser cuidadosamente avaliados, tendo em vista que para o pleno desenvolvimento da cultura essas escolhas são importantes. Outros cuidados essenciais a serem tomados, ainda durante a construção, estão relacionados à ventilação do ambiente de cultivo, o que é fundamental para o desenvolvimento das plantas. Para isso, deve-se atentar à dimensão ideal do pé́ direto de acordo com a região do Pais, em decorrência das temperaturas mais amenas ou mais elevadas, evitando aquecimento excessivo da estufa. Da mesma forma, de acordo com a região do País, a maior ou menor presença de luminosidade indicará quais os melhores materiais (plásticos e telas de sombreamento) a serem utilizados no revestimento das estufas, visto que a luminosidade influencia diretamente no desenvolvimento das plantas de pimentão. Do plantio à colheita A produção de pimentão em ambiente protegido requer alguns cuida- dos, desde a implantação até o momento de colheita. A escolha de sementes com alto vigor é fundamental para o desenvolvimento e uniformidade da produção. Outro fator essencial à produção é o espaçamento a ser adotado, visto que a densidade de plantio tem grande influência na produtividade, associando-se a maior competição por água e nutrientes. Antes da implantação da cultura é fundamental a realização da análise de solo, uma vez que a fertilidade possui papel essencial no desempenho das plantas de pimentão, sendo importante o preparo adequado do solo, efetuando sua correção e adubação em doses apropriadas, se necessário. Outra prática importante a ser considerada na produção de pimentão em estufas é a irrigação, visto que a cultura possui grande exigência em água durante todo seu ciclo, principalmente durante o período de floração e frutificação, no entanto, não tolera encharcamento, o que pode causar doenças nas plantas, sendo importante evitar solos com baixa drenagem. O fornecimento de nutrientes em quantidades adequadas às plantas de pimentão cultivadas em estufas pode ser realizado por meio da técnica de fertirrigação, possibilitando um desenvolvimento e produtividade satisfatórios. No entanto, é necessário que seja realizado de acordo com os resultados verificados na análise de solo e das plantas (tecido vegetal), de modo que as exigências nutricionais sejam supridas de forma eficiente. O controle de plantas invasoras também tem grande importância durante o cultivo, pois pode ocasionar redução no desenvolvimento da cultura de pimentão e, consequentemente, menor produtividade. Sendo assim, é necessário evitar a competição com as plantas indesejáveis principalmente até 60 dias após o plantio. Durante o cultivo, o tutoramento e condução das plantas de pimentão são essenciais, de modo a garantir que as folhas e frutos não fiquem em contato com o solo, evitando o aparecimento de doenças. Relação com a produtividade O cultivo de pimentão em estufas proporciona uma melhor produtividade e qualidade dos frutos, além da possibilidade de produção o ano todo, favorecendo o fornecimento do produto em épocas em que a produção a campo não seria possível. De modo geral, a produtividade das plantas de pimentão cultivadas em ambientes protegidos pode chegar a 170 toneladas por hectare, sendo possível ter uma produção de aproximadamente 200 caixas por mês. Em algumas regiões do Brasil, a produtividade média de pimentão cultivado em campo aberto varia entre 35 e 40 toneladas por hectare, enquanto em ambientes protegidos a produtividade pode até quadruplicar, sendo evidente o retorno que o cultivo em estufa pode proporcionar ao agricultor. Contudo, alguns cuidados durante o cultivo de pimentão em ambientes protegidos devem ser tomados a fim de evitar possíveis problemas. Atenção especial deve ser dada para a temperatura e umidade relativa do ar na estufa durante o ciclo de cultivo de pimentão, visto que essas condições podem favorecer a incidência de doenças como, por exemplo, a murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum). Temperaturas ideais ao cultivo não devem exceder 27°C, principalmente durante o florescimento das plantas de pimentão, e a umidade relativa do ar deve permanecer entre 50 e 70%. Em regiões com temperaturas elevadas, a escolha do local para a construção da estufa é um fator relevante, devendo-se efetuar a instalação em locais bem ventilados, ou ainda optar pela instalação de ventiladores apropriados, prática que ajuda a minimizar o risco de superaquecimento do ambiente de cultivo. Cuidado! A utilização de fertilizantes de forma inapropriada pode causar problemas de fertilidade do solo a médio e longo prazos, como por exemplo,

estufa para morango
Morango, Cultivos, Estufas

Informe Técnico do Morango

Informe Técnico do Morango. No Brasil, a cultura do morango possui uma importância econômica representativa, distribuída em vários Estados, sendo os principais: Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. O Brasil totaliza uma área produtiva de 4.000 hectares, com produtividade média de 32 toneladas por hectare. Em média, volumes de recursos movimentados no Brasil são significativos. Se considerarmos um preço médio de venda de R$ 6,00 o quilo, o rendimento bruto por hectare fica em R$ 192 mil, com o Brasil movimentando um valor de R$ 768 milhões anualmente. Produção pelo Brasil No Brasil, as características das áreas produtivas são extremamente diversificadas, mas podemos dividir em dois grupos. O grupo dos produtores empresariais, de vários portes, está localizado em regiões de clima favorável, que atingem individualmente ou em parcerias os principais centros consumidores. O grupo de pequenos produtores se localiza próximo a seus mercados consumidores, promovem uma venda direta e são denominados de sistema  ̈Distância Zero ̈. Geralmente são menos tecnificados, mas atingem mercados que os produtores empresariais não alcançam. Estas áreas do sistema  ̈Distância Zero ̈ são muito significativas no Brasil. Como exemplo está o Rio Grande do Sul, que possui em torno de 400 hectares de morango, sendo a área do sistema  ̈Distância Zero ̈ de 200 hectares, metade da área produtora. Oferta e demanda As duas principais regiões produtoras de morango, Minas Gerais e São Paulo, estão próximas das principais regiões consumidoras de morango, os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. As regiões produtoras têm variações significativas de época de colheita, conforme os seus microclimas e, principalmente, devido às variações das características varietais, principalmente as diferenciações de variedades de dias curtos (produção de inverno) ou dias neutros (produção o ano todo). Tecnologias a toda prova Em termos de tecnologia, EUA e Espanha, por possuírem a produção concentrada em poucas regiões, têm uma definição tecnológica bem fundamentada e eficiente para cada modelo produtivo. No Brasil, onde as áreas de produção são pulverizadas, não necessariamente respeitando as condições de climas adequadas, o manejo da cultura se torna excessivamente diversificado e pouco fundamentado. Tal fato faz variar extremamente a produtividade, de áreas de produção com 20 toneladas por hectare a produtividades em sistemas fora de solo, em regiões com clima adequado e empregando tecnologias adequadas, atingindo 80 toneladas por hectare. Mais produtividade Como forma de melhorarmos o desempenho da produção nacional, alguns critérios são passíveis de avaliação: Concentrar a produção em regiões com as melhores condições climáticas; Implantar estrutura de pós-colheita e transporte adequados para atingir os mercados-alvo; Desenvolver a estrutura básica, como estradas, principalmente asfaltadas, energia trifásica, disponibilidade de água, estimular a migração e treinamento de trabalhadores vocacionados, desenvolver orientação técnica especializada, estimular a infraestrutura de fornecimento de insumos, disponibilizar recursos financeiros, entre outros; Desenvolver tecnologias adaptadas a cada região e sistema de produção e, nesse caso, vários fatores devem ser analisados; Avaliar o regime de chuvas, que determinará a necessidade de cobertura plástica; Solos argilosos, que são menos indicados para a cultura do morango, com pouca disponibilidade trabalhadores vocacionados, pouca quantidade de áreas agricultáveis para fazer rotação de cultura, falta de insumos adequados para o manejo eficiente de controle de doenças de solo, entre outros, são fatores a serem avaliados para adotar a técnica de produção ̈fora de solo ̈; No caso de produção no solo, a utilização de mulching, fertirrigação por gotejamento, uma adequada calagem e correção de solo, de preferência adotando parte da adubação com liberação lenta, são fundamentais para a melhor resposta, independente da região produtora; No sistema ̈fora de solo ̈, a necessidade de uma orientação técnica especializada se torna mais evidente. A cobertura plástica é obrigatória. A utilização de calhas, calhas de isopor ou slabs também deve ser considerada. Os slabs ou calhas com plástico na parte superior irão promover a melhor conservação de água e redução de plantas invasoras. Já as calhas de isopor influenciarão a temperatura do substrato; A cobertura plástica em regiões com excesso de chuva, o sistema ̈fora de solo ̈ e as medidas de redução de infecção no solo permitem a utilização de agentes biológicos de forma altamente eficiente no controle fitossanitário, reduzindo ou eliminado a utilização de agroquímicos. INOVAÇÕES NA PRODUÇÃO DE MORANGO HIDROPÔNICO A hidroponia é um dos segmentos agrícolas que teve maior desenvolvimento tecnológico, e a cultura do morango fora de solo acompanhou este desenvolvimento. Entretanto, toda a aplicação de tecnologia pode acarretar em aumento de investimento e, por consequência, aumento de custo. Por este motivo, deve fazer parte de uma estratégia econômica adequada a cada situação. Inovações Existem inovações em todos os segmentos da atividade produtiva, e na hidroponia são: tipos de infraestrutura, desde estufas com pé direito alto de aço galvanizado e ambiente climatizado, como estrutura de micro túnel elevado com sustentação de madeira; fertirrigação central utilizando injetores de adubo e controladores de rega com software que indica a situação atual e corrige a fertirrigação futura com sistema de mangueira gotejadora ou sistemas de espaguete. Há, ainda, novas variedades e vários tipos de mudas: raiz nua frigoconservada, tray plants frigoconservadas, raiz nua de muda fresca e tray plants de muda fresca. O setor ainda tem experimentado novas definições de quantidade, dimensões e tipos de substratos, além de inovações nas relações de nutriente adaptado a cada estado fisiológico (crescimento, maturação, etc.). Observa-se, atualmente, um maior conhecimento das condições climáticas e suas relações com a atividade produtiva. Nesse âmbito, surge ainda o controle biológico como a principal forma de tratamento fitossanitário. Todas estas são inovações recentes à disposição dos técnicos especializados do setor. A grande dificuldade não é apenas entender estes processos, mas adotar estratégias diferenciadas que irão proporcionar a melhor estrutura de planta e os melhores resultados econômicos e ambientais. QUAL A TELA IDEAL PARA CULTIVO DE MORANGOS? Para a escolha da tela que melhor se adapta às condições de produção do morango, é preciso entender alguns aspectos técnicos referentes ao clima. Dentro da estufa, os fatores relevantes são a temperatura, umidade relativa e radiação PAR (fotossíntese ativo radiação). A

Cogumelo, Cultivos, Estufas, Zanatta

Cultivo de cogumelos em Estufas

Cultivo de cogumelos em Estufas. A produção de cogumelos em conserva é mais fácil de manter e distribuir nos supermercados, mas a opção in natura é bem lucrativa e mais saudável. A fungicultura é conhecida como a cultura dos cogumelos. Os fungos são microrganismos heterotróficos, não fotossintetizantes, possuem parede celular de quitina e obtêm seus nutrientes por absorção da matéria orgânica. Os cogumelos são espécies de fungos com corpos frutíferos que podem ser aproveitados para alimentação, para fins medicinais, enquanto outras espécies são venenosas. A espécie de cogumelo mais cultivada é o champignon (Agaricus bisporus). Outras espécies estão se destacando no mercado consumidor, principalmente na culinária, como por exemplo, o shitake (Lentinula edodes) e o shimeji (Lyophyllum shimeji). Nem todo cogumelo é comestível, portanto, não o colete da natureza, pois pode ser tóxico. De coloração uniforme branca, firme e superfície brilhante úmida, o champignon de paris (A. bisporus) é um dos principais tipos comestíveis. Comum de ser encontrado no varejo em conserva e em embalagem de plástico ou vidro, está expandindo a produção in natura. Destacam-se também o shitake (L. edodes), que possui chapéu marrom escuro, de 5,0 a 12 centímetros de diâmetro e textura macia, e o shimeji (Pleurotus sp.), que pode ser de coloração negra, branca ou salmão. Consumo Com o investimento em cultivo do cogumelo crescendo ao longo dos anos, o produto passou a ser mais divulgado e acessível à população. Entretanto, o consumo nacional não se compara ao dos países europeus. A produção de cogumelo em conserva é mais fácil de manter e distribuir nos supermercados, mas a opção in natura é bem lucrativa, mais saudável e ecológica. Sem custos com cozimento e conservantes, os cogumelos frescos concorrem com os importados cozidos da China. Mas os cogumelos in natura são mais perecíveis, com prazo de validade de uma semana, em média. Em estufas Para o cultivo dos cogumelos comestíveis em ambientes protegidos, a estufa pode ser construída no local de cultivo. As opções pré-fabricadas podem agilizar o processo de implementação do negócio e vem nas medidas certas, com as especificações para o cultivo de cogumelos. Assim, a escolha do tipo de estufa depende do capital que o investidor terá à disposição. Os cogumelos são cultivados no escuro, em salas climatizadas, e o inóculo fúngico é adicionado a um substrato pasteurizado em camas de crescimento. Desta forma, uma fazenda de cogumelos deve ter um escoamento fácil para o mercado e acesso de fornecedores de compostagem. As instalações dentro da estufa devem possuir salas climatizadas com controle de temperatura e umidade, sendo organizadas em prateleiras com distâncias padronizadas. Vantagens do cultivo protegido A produção de cogumelos de forma mais tecnificada tem várias vantagens, como a utilização de estufas climatizadas com controle de temperatura, umidade e concentração de gases, garantindo uma maior produtividade e melhor qualidade. Em estruturas rústicas, ou seja, com infraestrutura inferior, a produtividade é menor devido às condições ambientais variáveis, contaminação do meio de cultivo por organismos competidores e ataque de pragas e doenças. Além disso, salas com ambiente controlado (umidade e temperatura) são necessárias para a produção eficiente de cogumelos de alta qualidade. Desta forma, fatores como temperatura, umidade e iluminação são fundamentais. O cogumelo precisa, principalmente, de temperaturas amenas e muita umidade para se desenvolver. Por isso, em geral a produção é feita em estufas, o que garante a produção o ano inteiro. Como implantar a técnica Na fungicultura, a atividade de cultivadores é a mais indicada para iniciantes. É necessário escolher o local de instalação com pouco declive, disponibilidade abundante de água no local, mão de obra especializada e proximidade do mercado para o escoamento adequado do produto. E, por ser um fungo que se alimenta de matéria orgânica em decomposição, é preciso ter um substrato para o cultivo do cogumelo. O substrato, que é a matéria-prima para a atividade, é esterilizado e o fungo é adicionado a ele. A esterilização impede que o cogumelo tenha competidores e não se desenvolva. Esse substrato pode ser feito com diversos materiais, como palha, esterco, serragem, bagaço de cana, borra de café, entre outros. Cada tipo de cogumelo possui suas características e necessidades específicas. Mas, no geral, gostam de clima ameno e alta umidade. O ideal é que a temperatura se mantenha entre 12 e 25ºC. Desta forma, o champignon de paris é produzido em palhada compostada e coberta com uma camada de terra. É necessário refrigeração, temperaturas entre 15 a 18ºC e ambiente sem luz. Já o cogumelo shitake pode ser cultivado em blocos de serragem, que demanda tecnologia especializada, ou em toras com pequenos furos, nos quais o fungo é inoculado e recebe, após seis meses de incubação, um estímulo de choque hídrico. Já o shimeji, que brota em pequenos buquês, é produzido em palhada pasteurizada e esterilizada. Então, a fungicultura necessita de higiene e atenção do produtor. Os cogumelos podem ser contaminados se forem submetidos a um manejo inadequado. Manejo do plantio à colheita O ciclo de cultivo de cogumelo está entre 45 e 180 dias. A produção de cogumelos apresenta várias etapas, que incluem o preparo do substrato, produção de inóculos, inoculação, incubação e colheita. Os substratos são originados de material vegetal, incluindo as toras de madeira e resíduos agrícolas. O substrato precisa ser preparado e esterilizado na sala de preparo do substrato. Um caminhão transporta os resíduos agrícolas secos até essa sala e esses resíduos são empilhados em um local com baixa umidade. O substrato esterilizado e úmido será então embalado em sacos plásticos próprios para a produção de cogumelos. Após o preparo do substrato, os sacos plásticos são transportados para a sala de inoculação. Cada saco será inoculado com o fungo selecionado. Essa sala deve permanecer sempre limpa e desinfetada com luz ultravioleta ou agentes químicos, a exemplo de água sanitária, antes da inoculação. Os inóculos, denominados sementes ou spawn, serão obtidos diretamente de empresas produtoras visando à redução do custo e da probabilidade de contaminação inicial da produção. Esses spawns serão armazenados na sala de inoculação. Da sala

luz no cultivo protegido
Cultivos, Estufas, Zanatta

5 maiores importâncias da luz no cultivo protegido

Importância da luz no cultivo protegido O cultivo protegido é definido como a produção de plantas feita em ambientes onde há o controle, total ou parcial, de pelo menos um fator climático. Assim, a manipulação da luminosidade é considerada uma técnica de cultivo protegido. Para melhor exemplificar como podemos alterar a luz em benefício das plantas, iremos fracioná-la em três fatores: intensidade de luz (quantidade); qualidade da luz (comprimentos de onda) e duração do período de luz (fotoperíodo). O conceito A luz solar é como uma chuva de fótons de diferentes frequências e comprimentos de onda. Do total de energia solar que incide sobre as plantas, apenas uma pequena fração (cerca de 5%) é convertida em carboidratos. O motivo dessa porcentagem tão baixa é que grande parte da luz tem um comprimento de onda demasiadamente curto ou longo para ser absorvido pelos pigmentos fotossintéticos. O espectro de luz que as plantas utilizam na fotossíntese é denominado de radiação fotossinteticamente ativa e compreende os comprimentos de onda entre 400 a 700 nanômetros. A intensidade de luz está relacionada à quantidade de luz ou fótons que incide sobre o ambiente de cultivo. Considerando a faixa de luz utilizada no processo fotossintético, a quantidade de luz (ou densidade de fluxo fotônico fotossintético) que incide sobre o dossel de um cultivo em um dia ensolarado é de cerca de 2.000 μmol m-2 s-1. Contudo, as plantas não aproveitam toda essa quantidade. O ponto a partir do qual as plantas param de responder ao aumento da quantidade de luz é chamado de ponto de saturação luminosa (PSL) e varia de espécie para espécie e até mesmo em função das condições de crescimento de cada folha numa mesma planta. O tomateiro, por exemplo, é uma espécie exigente em luz e seu ponto de saturação luminoso é superior ao da alface. De maneira geral, as folhas dos vegetais saturam de luz entre 500 a 1.000 μmol m-2 s-1. Folhas de culturas bem adubadas podem apresentar ponto de saturação luminosa acima de 1.000 μmol m-2 s-1. Cabe ressaltar aqui que a incidência de luz sobre as folhas de uma planta pode variar em função da sua posição. Assim, as folhas do topo do dossel de um tomateiro podem atingir o ponto de saturação luminosa, enquanto que as folhas baixeiras não. A luz e sua qualidade A qualidade da luz está relacionada com a proporção de comprimentos de onda que compõe a luz que incide sobre as plantas. A luz natural possui uma proporção específica de comprimentos de ondas que pode ser alterada naturalmente, pela copa de uma árvore, por exemplo, ou artificialmente, por meio de filmes plásticos, telas de sombreamento coloridas e iluminação artificial. A qualidade da luz exerce grande influência sobre o crescimento e desenvolvimento das plantas, podendo ser preponderante para que certos processos ocorram, como, por exemplo, a germinação de sementes, o florescimento, o estiolamento das plantas, a abertura estomática, a síntese de pigmentos e a promoção de crescimento. Os comprimentos de onda mais eficientes à fotossíntese, ou seja, os que mais estimulam o crescimento vegetal, são próximos de 430 nm (faixa do azul) e de 660 nm (faixa do vermelho), que são as faixas do espectro da luz que as clorofilas mais absorvem. Já a duração do período luminoso (ou fotoperíodo) é o tempo de exposição contínua à luz. Essa duração naturalmente está relacionada ao local de cultivo. Regiões próximas à linha do equador (latitude 0) possuem fotoperíodo próximo de 12 horas, tanto no inverno quanto no verão. Quanto mais afastado da linha do equador é o local de cultivo, maiores são os comprimentos dos dias no verão e menores no inverno, e isso pode ter várias implicações no cultivo de plantas. A duração do período de exposição à luz está diretamente relacionada ao potencial fotossintético das plantas. Quanto maior o tempo de luz, maior será a produção de fotoassimilados. Além disso, o comprimento do dia pode induzir processos específicos em algumas plantas. Para a cebola, por exemplo, a exposição a determinado número de horas de luz (ou quantidade superior) é fundamental para estimular a bulbificação. Plantas submetidas a fotoperíodos menores que o necessário (inferior ao fotoperíodo crítico) não irão bulbificar de forma adequada. Naturalmente, conseguimos manejar o fotoperíodo pela seleção do local e da época de cultivo. Artificialmente, podemos reduzir o comprimento do dia por meio de cortinas (blecautes) e aumentar com o uso de iluminação artificial. Funções das cores das telas Em cultivos protegidos, a forma mais fácil e usual de manipular a luz é com as telas agrícolas (também conhecidas como telas de sombreamento). Atualmente, há no mercado telas agrícolas com diferentes características e aplicações. As telas têm duas principais funções (mas não únicas): reduzir a intensidade de luz que atinge as plantas e reduzir a temperatura do ambiente. Além dessas funções, algumas telas são usadas para aumentar a difusão de luz no interior do dossel, como as telas brancas e aluminizadas; ou para alterar a qualidade da luz. Nesse caso, elas são chamadas de telas fotosseletivas. Cabe aqui ressaltar que estamos considerando como telas todos os materiais fabricados com o objetivo de reduzir a intensidade luminosa do ambiente de cultivo, incluindo as telas propriamente ditas e as malhas agrícolas. A intensidade da luz pode ser reduzida em diferentes níveis. Essa redução está vinculada ao grau de sombreamento que o material possui. Há telas desde 15 até 80% de sombreamento. Para selecionar a tela correta, o produtor deve se atentar à espécie ou espécies que estão sendo cultivadas. Há aquelas que são mais tolerantes ao sombreamento, como a rúcula, e outras que são mais exigentes em luz, como tomate e pimentão, por exemplo. A seleção da tela errada pode prejudicar significativamente a produção comercial da espécie cultivada. O sombreamento excessivo do tomateiro, por exemplo, além de reduzir o potencial fotossintético das plantas irá estimular o alongamento do internódio. Isso irá reduzir o número de cachos formados até o arame superior e, consequentemente, reduzirá a produtividade. Já o excesso de luz para rúcula

filme ideal para o cultivo protegido
Cultivos, Estufas, Sem categoria, Tomate, Zanatta

Qual filme ideal para o cultivo protegido de tomate?

Qual filme ideal para o cultivo protegido de tomate? O tomate (Solanum lycopersicum L.) é uma olerícultura originária da América do Sul e bastante apreciada em todo o mundo, sendo utilizada em saladas e em diferentes receitas culinárias. Em relação ao seu cultivo, apresenta uma boa adaptação às diferentes condições climáticas, entretanto, a temperatura em que há uma melhor resposta produtiva por parte da cultura é na faixa de 21 a 28ºC durante o dia e 15 a 20ºC durante a noite, variação que ocorre dependendo da cultivar. Fora dessa faixa de temperatura, o tomate apresenta alguns problemas, como por exemplo, atraso no desenvolvimento vegetativo e frutificação, abortamento dos frutos e das flores, formação de frutos ocos, danos nos tecidos e problemas na coloração dos frutos. Além da temperatura, há outros fatores que influenciam na produção, como umidade relativa do ar e pluviosidade.   Filmes disponíveis Com o objetivo de produzir tomate em regiões com características agroclimáticas desfavoráveis ao cultivo, o produtor pode realizar a produção em estufas agrícolas, que é uma forma de cultivo bastante difundida em todo o mundo. E uma das características que torna o ambiente protegido eficiente é a escolha do filme plástico que será utilizado para a cobertura. O tipo de filme plástico a ser escolhido é fator fundamental para o controle da radiação dentro do ambiente, e deve ser escolhido de acordo com a exigência da cultura e as características do clima da região onde será realizado o cultivo. No mercado há vários tipos diferentes de filmes agrícolas, mas para o cultivo do tomate os mais recomendados são os compostos de polietileno de baixa densidade transparente (PEBDt) e filme agrícola difusor. No Brasil, o mais utilizado pelos produtores é o filme composto de polietileno de baixa densidade transparente (PEBDt), com aditivos ultravioletas. A transmissividade da radiação solar nesse filme é de 80%. Além disso, os aditivos permitem que o material resista à ação dos raios ultravioletas, adquirindo maior durabilidade (Holcman, 2009). O filme agrícola difusor também é bastante utilizado no País, composto por materiais que possuem adição de cristais que são distribuídos em todo o filme. Esse filme balanceia a intensidade da luz dentro do ambiente, espalhando-a por toda a área e distribuindo de maneira uniforme os raios solares. É possível encontrar de 100 a 150 micra de espessura, e além do tomate também é indicado para produção de mudas de pimentão, frutas e hidroponia.   Benefícios O filme agrícola não protege somente contra as chuvas, mas também interfere no clima dentro do ambiente protegido, proporcionando assim um incremento na produtividade e qualidade do produto final, e mantém a produção estável durante o ano inteiro. Além do produtor, também há vantagem para o consumidor, que terá disponibilidade do produto em qualquer período, independente do clima. O uso desse material também reduz a incidência de pragas e doenças, o uso de defensivos agrícolas, e possibilita a prática do cultivo orgânico. Os filmes são compostos de aditivos que interagem com a radiação solar, bloqueiam a radiação ultravioleta e também garantem a qualidade e durabilidade do produto. O filme agrícola ainda pode ser usado na lateral da estrutura do ambiente protegido, e essa prática pode evitar o estiolamento das plantas e minimizar as doenças causadas por fungos, pois reduz a umidade nos tecidos da planta devido à maior uniformidade de luz dentro do ambiente. Essa forma de utilização é recomendada para regiões de clima quente.   Produtividade O tomateiro é uma planta que apresenta boa adaptação a diferentes tipos de ambiente, e com o manejo adequado e a cultivar específica para a região, a produtividade pode chegar a 11 kg por planta no cultivo em campo. Entretanto, no cultivo em estufas agrícolas a produtividade pode aumentar em 50%, isso porque nesse ambiente há maior distribuição da luminosidade, favorecendo a fotossíntese, e mais eficiência da irrigação e adubação, além de evitar doenças e algumas pragas. Em trabalho realizado por Holcman (2009), comparando diferentes tipos de coberturas para ambiente protegido nos seus microclimas e o efeito deles no desenvolvimento, produtividade e qualidade de duas cultivares de tomate cereja, contatou-se que os filmes plásticos difusores e de baixa densidade com anti-UV proporcionaram ganho de produtividade em relação ao cultivo em campo aberto. Entretanto, o uso do filme plástico difusor proporcionou melhores resultados de produção, apresentando incremento de 50% no número de frutos e produtividade em relação ao uso de filmes de baixa densidade com anti-UV.   O caminho do sucesso Para ter sucesso na produção utilizando ambiente protegido coberto por filmes agrícolas é necessário ter atenção a alguns fatores de instalação ou de uso que possam influenciar de maneira negativa na produção. A escolha do tipo de filme deve ser realizada com cautela, pois aqueles voltados para regiões diferentes do local de produção tornam o microclima desfavorável e reduzem a produtividade. O horário de instalação do filme é outro aspecto importante, pois, dependendo da temperatura, o filme pode dilatar (temperaturas altas) ou contrair (temperaturas baixas). Caso a instalação seja realizada em horários com níveis críticos de temperatura, pode ocasionar o rasgamento ou pode não ficar bem esticado na estrutura. Em relação ao manejo da cultura, um erro frequente no cultivo em estufas é o adensamento das plantas, o que acaba tornando a planta vulnerável a vários tipos de doenças, pois a incidência de raios solares não atinge toda a planta, e com isso aumenta a umidade em determinados pontos, favorecendo o desenvolvimento de doenças, principalmente fúngicas.   Cuidados essenciais Na escolha do filme é preciso considerar tanto as exigências da cultura quanto as características climáticas da região. Existem filmes voltados para vários tipos de regiões, como por exemplo, climas tropicais, temperados, entre outros. A vida útil do material também deve ser observada, pois ao longo do tempo de uso o material perde a transmissividade, e deve ser trocado. O tempo de troca varia de acordo com o tipo de filme agrícola (Lonax, 2017). Para maior garantia de sucesso e aumento da produção de tomate no ambiente protegido utilizando filme